O PSD/Matosinhos acusou esta terça-feira a presidente da câmara de “passar metade do ano fora” e de ter gastado 253 mil euros em viagens em 2023, mas Luísa Salgueiro garantiu que isso é falso porque em 2023 ausentou-se 12 dias.
Em cartazes espalhados por vários pontos do concelho de Matosinhos, no distrito do Porto, o PSD/Matosinhos criticou a autarca, eleita pelo PS, “por estar constantemente ausente”.
“De um presidente de câmara espera-se a prática de políticas de proximidade junto dos seus eleitores, mas Luísa Salgueiro é a antítese de tal, visto que passa semanas fora do concelho”, apontou o presidente da concelhia do PSD/Matosinhos, Bruno Pereira.
O social-democrata referiu que Luísa Salgueiro, enquanto presidente da autarquia, gastou mais de 253 mil euros em hotéis e viagens no último ano.
Costa Rica, Coreia do Sul e Estados Unidos da América foram alguns dos “inúmeros destinos” de Luísa Salgueiro, contou Bruno Pereira.
Confrontada com estas acusações, a socialista esclareceu à Lusa que em 2023 esteve ausente 12 dias em viagens de representação de Matosinhos.
“Essas viagens custaram 5.589 euros e representam 0,003% do orçamento total da Câmara Municipal de Matosinhos”, explicou.
A mensagem colocada nos cartazes “Câmara Municipal em um ano 253 mil euros em hotéis e viagens” é, segundo a autarca, “difamatória e falsa”.
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“Falsa porque apresenta um valor despendido que não corresponde ao verdadeiro e difamatória porque pretende fazer acreditar que aquele valor foi gasto em viagens realizadas exclusivamente por mim, enquanto presidente da autarquia”, vincou.
Considerando que “na disputa política não pode valer tudo”, nomeadamente o uso “da mentira e da fraude”, a líder do executivo municipal considerou que esta atuação do PSD/Matosinhos é “populista e demagógica”.
Luísa Salgueiro entendeu que o facto de Matosinhos ser convidado a partilhar as suas boas práticas em áreas como o ambiente, educação, resiliência contra catástrofes ou mobilidade é “o caminho certo para colocar o concelho na vanguarda da inovação e do investimento”.
“Esse não é o entendimento do PSD/Matosinhos que prefere um concelho fechado em si mesmo, sem partilha de conhecimento, que não atrai capital estrangeiro, que não cria emprego qualificado, que não inova e que não tem futuro ou sonho”, concluiu.