A vida não está fácil para a seleção ucraniana. A situação no seu país continua instável e, para piorar o cenário, a equipa começou o Campeonato da Europa da pior forma, ao ser goleada pela Roménia numa partida em que era favorita (3-0). Contudo, o resultado negativo não se ficou pelo relvado da Allianz Arena, seguindo para o balneário.

A imprevisibilidade venceu a seleção previsível que luta pela nação, mas caiu à lei da bomba (a crónica do Roménia-Ucrânia)

O resultado desnivelado trouxe insatisfação e contestação em torno do selecionador Sergiy Rebrov e as críticas não se ficaram pelo exterior do grupo de trabalho. De acordo com o jornal alemão Bild, os jogadores da Ucrânia pediram ao treinador que abandonasse o balneário para conseguirem discutir a derrota entre si, a “sós”. A situação está a causar preocupação no seio da Associação Ucraniana de Futebol (UAF), presidida pelo ex-jogador e Bola de Ouro Andriy Shevchenko.

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Antes, na zona de entrevistas rápidas, Rebrov assumiu a derrota expressiva e deixou algumas críticas à postura da sua equipa. “Os jogadores perceberam que não fizeram o suficiente. Somos uma nação grande e forte que defende o seu país mas os jogadores não o demonstraram”, reiterou o selecionador.

Depois da partida, os principais jogadores, como Mudryk ou Zinchenko, lamentaram o sucedido junto dos adeptos e garantiram que a equipa vai responder frente à Eslováquia, na segunda jornada do Grupo E, na sexta-feira (14 horas). Em sentido inverso, um dos nomes mais visados foi o de Lunin, com o guarda-redes a ser acusado de ter errado nos dois primeiros golos romenos. Segundo Viktor Leonenko, antigo internacional ucraniano, “Lunin esqueceu-se que não estava a jogar no Real Madrid, onde se pode cometer erros, porque os companheiros vão corrigir esse erro marcando quantos golos forem necessários”.

“Erro meu. Não existe outra explicação.” Lunin foi o elo mais fraco da Ucrânia contra a Roménia — e abriu a porta à titularidade de Trubin