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O chefe da diplomacia da União Europeia (EU), Josep Borrell, condenou os ataques terroristas de domingo contra locais religiosos e membros das forças de segurança no Daguestão, no Cáucaso russo, que fizeram 20 mortos.
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Condeno veementemente os ataques terroristas perpetrados no domingo contra locais religiosos judaicos e cristãos e contra as forças de segurança na república do Daguestão”, disse Borrell, na rede social X (antigo Twitter).
I strongly condemn the terrorist attacks on Sunday targeting Jewish and Christian religious sites, & security forces in the Republic of Dagestan, Russia. My deepest condolences go to the families of the victims. I extend my heartfelt wishes for a quick recovery to those injured.
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) June 24, 2024
“As minhas mais profundas condolências às famílias das vítimas. Desejo sinceramente uma rápida recuperação aos feridos”, acrescentou na segunda-feira à noite o alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança.
Os atentados armados de domingo contra igrejas ortodoxas e pelo menos uma sinagoga no Daguestão, no Cáucaso russo, fizeram 20 mortos e 46 feridos, de acordo com o último balanço das autoridades locais.
Atentado terrorista no Daguestão mata 20 pessoas e faz 46feridos
O Comité Antiterrorista da Rússia (NAK, na sigla em russo) disse na segunda-feira ter terminado a operação para pôr fim aos ataques armados.
“Devido à neutralização das ameaças à vida e à saúde dos cidadãos, foi decidido pôr fim à operação antiterrorista” no Daguestão, disse o NAK, citado por agências de notícias russas.
Também na segunda-feira, depois dos atentados, a Presidência russa descartou o regresso de uma “insurreição islamita” à República do Daguestão, afirmando que a população está “consolidada face ao terrorismo”.
A Rússia mudou, a sociedade consolidou-se e essas manifestações terroristas não são apoiadas pela sociedade, nem na Rússia nem no Daguestão”, afirmou Dmitri Peskov, porta-voz do Presidente russo, Vladimir Putin, quando questionado pelos jornalistas sobre se o Kremlin temia o regresso de uma “insurreição islamita” no país.
A questão, colocada durante a habitual conferência de imprensa do porta-voz presidencial, referia-se aos acontecimentos ocorridos na década de 2000, na sequência da segunda guerra da Chechénia.
Apesar das declarações do porta-voz do Kremlin, Putin ainda não se pronunciou diretamente sobre aos ataques atribuídos a terroristas no Daguestão.
No novo balanço, o governador da república russa de maioria muçulmana do Cáucaso, Sergei Melikov, destacou que entre as vítimas mortais estão agentes das forças de segurança e vários civis, entre os quais um padre ortodoxo.
Melikov disse que homens armados abriram fogo no domingo contra duas igrejas ortodoxas, uma sinagoga e uma esquadra da polícia em duas cidades da região do sul da Rússia, tendo decretado três dias de luto.
Também informou que seis militantes armados foram mortos.