Em resposta aos exercícios militares conjuntos entre os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão, o governo norte-coreano criticou a aliança afirmando ter-se tornado na “versão asiática da NATO”, num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, divulgado pela agência de noticías norte-coreana KCNA Watch.

De acordo com a KCNA, Pyongyang não classificou esta ação liderada pelos EUA como irrelevante no documento e prometeu responder de forma agressiva e à altura das provocações, com o intuito de garantir a segurança e a paz do país. Para o executivo, os “Freedom Edge” (nome atribuído aos exercícios militares) são o perfeito exemplo da tentativa constante de Washington de juntar a Coreia do Sul e o Japão à NATO e das políticas hostis adotadas pelos EUA e por Seul.

Já o Ministério da Defesa sul-coreano explicitou num comunicado que os exercícios militares foram realizados em resposta ao programa nuclear e de mísseis perpetuado pela Coreia do Norte. Também contrapondo o pacto de defesa assinado por Kim Jong Un e Putin, o governo de Seul colocou em cima da mesa a possibilidade de enviar armas e apoio militar para a Ucrânia.

Coreia do Sul, Japão e EUA condenam pacto entre Pyongyang e Moscovo

Segundo a agência de notícias Reuters, a Coreia do Sul e os Estados Unidos acusaram ainda Pyongyang de fornecer armas à Rússia, com o propósito de prolongar a ofensiva. No entanto, as acusações foram negadas por ambos governos.

Os “Freedom Edge” tiveram início na passada quinta-feira e incluíram contratorpedeiros da marinha americana, caças e o porta-aviões norte-americano Theodore Roosevelt, de propulsão nuclear. Segundo o plano desenhado na Cimeira tripartida de Camp David no ano passado, o objetivo da ação conjunta será reforçar a cooperação militar entre os países, tendo em conta as tensões prolongadas na península coreana. Ainda no ano passado, os três países realizaram exercícios de defesa antimísseis e anti-submarinos com o mesmo intuito.

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