A data da sentença do ex-Presidente Donald Trump no caso do pagamento à atriz pornográfica Stormy Daniels foi adiada para 18 de setembro. A decisão partiu do juiz responsável pelo caso depois dos advogados do antigo governante terem pedido que a sentença, inicialmente marcada para 11 de julho, fosse adiada para se poder avaliar se a decisão do Supremo Tribunal dos EUA de atribuir imunidade parcial a Trump poderia afetar o resultado do julgamento.

Capitólio: Supremo dos EUA atribui imunidade parcial a Trump. Atos terão de ser avaliados por tribunais inferiores

Ao início da tarde a imprensa norte-americana avançou que a equipa de defesa de Donald Trump remeteu um pedido para que o juiz Juan M. Merchan tivesse em conta a recente decisão do Supremo Tribunal no caso que levou à condenação do ex-Presidente por 34 crimes relacionados com falsificação de documentos para ocultar o pagamento a Stormy Daniels.

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Os advogados esperam beneficiar da imunidade parcial que foi conferida a Donald Trump por ações oficias tomadas enquanto Presidente dos EUA e que terá influência no processo que decorre em Washington e em que é acusado de conspirar para reverter a derrota nas eleições presidenciais de 2020. Argumentam, segundo noticiou o New York Times, que apesar do processo em Manhattan não se centrar na presidência ou nos atos oficiais do ex-goverante, mas nas atividades pessoais durante a campanha eleitoral, que os procuradores construiram o caso parcialmente em evidências que remontam ao tempo de Trump na Casa Branca.

Ex-Presidente Donald Trump condenado por 34 crimes no caso Stormy Daniels

Numa carta enviada a Juan M. Merchan os advogados de Trump pediram não só que a data da sentença fosse adiada enquanto o requerimento é avaliado, mas também que a própria condenação seja anulada.

Os procuradores de Manhattan concordaram que o pedido fosse avaliado. “Apesar de acreditarmos que os argumentos do réu não têm mérito, não nos opomos ao pedido de autorização para arquivar e ao pedido de adiamento da sentença enquanto se aguarda uma decisão sobre a moção”, refere numa carta a procuradoria distrital, citada pelo New York Times.

Ao final da noite foi conhecido que o juiz aceitou adiar a data por vários meses. Merchan pode não encontrar qualquer base para anular o veredicto do júri, que declarou Trump culpado, mas o atraso desta terça-feira “é um revés surpreendente”, escreve o New York Times.