Nasceu no Suriname, cresceu nos Países Baixos, passou por Portugal e evidenciou-se em Inglaterra. Esta é a história de Jerrel Floyd Hasselbaink, antigo ponta de lança que chegou a Portugal em 1995 e passou a ser conhecido por… Jimmy. Rui Nabeiro “não queria que ninguém soubesse que eu estava em Campo Maior à experiência e veio com essa ideia de me chamarem Jimmy”, contou Floyd em entrevista ao MaisFutebol.

Apesar de ter chegado ao Campomaiorense à experiência, Jimmy Floyd não precisou de muito para conquistar o treinador Manuel Fernandes e ficar na equipa. Foi a partir daí que o nome Jimmy pegou de vez, permanecendo até aos dias de hoje. Seguiu-se o Boavista e uma grande temporada, que terminou com a conquista da Taça de Portugal, ante o Benfica, no Jamor (3-2). Para além disso, Hasselbaink apontou 20 golos na Liga e só foi superado pelo incontornável Mário Jardel (30).

Inglaterra (Grupo C). Três anos depois do trauma, ou o Europeu comes home ou Southgate vai para casa

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Depois de Portugal, seguiu-se os ingleses do Leeds, mas em 1999 apareceu o Atl. Madrid, que pagou quase 17 milhões de euros pelo seu passe, números históricos para a época. Os espanhóis acabaram por descer de divisão e Jimmy regressou a Inglaterra, com o Chelsea a pagar 22,5 milhões de euros, superando a sua transferência mais cara à época. Contudo, o nosso país voltou a cruzar-se com o avançado e, assim que José Mourinho aterrou em Londres, foi dispensado.

Em 2004 rumou, então, ao Middlesbrough, e foi aí que começou a traçar aquele que é o seu percurso atual. No Boro foi colega de Gareth Southgate, atual selecionador inglês. Contudo, quando o jogador passou para treinador, dispensou Jimmy Floyd do clube mas, em março do ano passado, os dois voltaram a encontrar-se, já que Southgate chamou Hasselbaink para seu adjunto na seleção inglesa.

E é na equipa dos três leões que tem conquistado a admiração dos jogadores e do público. O trabalho de Jimmy Floyd passa, essencialmente, pelos avançados e, ao longo deste Europeu, o treinador trabalhou uma nova forma de bater os penáltis. O resultado foi imediato, com Inglaterra a eliminar a Suíça nas grandes penalidades, sem desperdiçar qualquer remate (5-3).

Cautela e pouco risco fizeram mal a um jogo que terminou com a redenção de um Leão (a crónica do Inglaterra-Suíça)

“Jimmy tem muita experiência, sabe o que faz. Ele tem levado alguns de nós depois do treino para praticar as grandes penalidades. Sinto que, quando cheguei à seleção inglesa, talvez estivéssemos a trabalhar demasiado e não havia um treinador a orientar-nos. Agora temos Jimmy por esse motivo. Há muito trabalho envolvido fora de campo”, partilhou Phil Foden.

Também Bellingham parabenizou o treinador pelo trabalho desenvolvido fora dos relvados. “Estava muito confiante na minha preparação, confiante nas coisas que conversei com o Jimmy. Ele esforçou-se muito por nós”, afirmou o jogador do Real Madrid.