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No fecho da cimeira da NATO, o Presidente norte-americano enganou-se e quando apresentava em palco o líder ucraniano, Volodyrmyr Zelensky, chamou-lhe Vladimir Putin. No mesmo dia, apenas horas depois, chamaria “vice-presidente Trump” à sua número dois, Kamala Harris.

“Agora quero passar a palavra ao Presidente da Ucrânia, que tem tanto de coragem como de determinação. Senhores e senhoras, o Presidente Putin“, afirmou Joe Biden na despedida da cimeira, ouvindo-se arquejos na audiência. Apercebendo-se do erro, o chefe de Estado rapidamente se corrigiu: “O Presidente Putin? Ele vai derrotar o Presidente Putin! O Presidente Zelensky. Estou tão focado em derrotar o Putin, temos de nos preocupar com isso.”

A seu lado, o líder ucraniano brincou com o erro: “Eu sou melhor”, afirmou Volodymyr Zelensky. “É muito melhor”, concordou Biden.

Horas depois, numa aguardada conferência de imprensa pós-cimeira, a primeira desde novembro do ano passado, Biden cometeu um novo lapso. Desta vez trocou o nome da vice-presidente da sua administração, Kamala Haris, com o do principal adversário e ex-Presidente norte-americano, Donald Trump.

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Ao ser questionado sobre se ia continuar na corrida à presidência ou se admitia ser substituído por Harris, o Presidente disse: “Eu não escolheria a vice-presidente Trump para ser vice-presidente se não achasse que ela estava qualificada para ser vice-presidente.” Biden garantiu logo a seguir que era a pessoa “mais qualificada” para liderar a corrida à Casa Branca. “Ainda há um longo caminho nesta campanha, portanto vamos continuar, temos muito trabalho para acabar”, acrescentou.

“Já viu uma conferência de imprensa mais bem sucedida?”, perguntou depois ao repórter da AFP que o confrontou com a gafe em que trocou o nome de Zelensky com o de Putin e o questionou sobre a sua capacidade para se manter na Casa Branca. “Eu acho que foi a conferência mais bem sucedida em que estive há muito tempo e não vi nenhum líder mundial que não pensasse o mesmo”, concluiu.

Os lapsos do Presidente norte-americano, que se somam a uma série de gafes que têm sido noticiadas, acontecem numa altura sensível, com o aproximar das eleições presidenciais. A capacidade de Biden para, aos 81 anos, concorrer a um segundo mandato à frente da Casa Branca, que acabaria aos 84, tem sido questionada, com vários membros do Partido democrata a pedir que abandone a corrida.

Congressista democrata apela a que Biden abandone corrida presidencial

Esta quinta-feira, relata o New York Times, a campanha de Biden enviou elementos para encontros com legisladores democratas num esforço para acalmar as tensões. No mesmo dia mais cinco membros do partido apelaram que o líder norte-americano abandonasse a corrida à Casa Branca.