Siga aqui o nosso liveblog sobre a guerra na Ucrânia

Os serviços secretos norte-americanos tomaram conhecimento de um plano russo para assinar o CEO de uma empresa de armas alemã que está a produzir munições de artilharia e veículos militares para a Ucrânia. A informação é avançada pela CNN, que cita cinco fontes norte-americanas e ocidentais com conhecimento do caso.

O principal alvo era Armin Papperger, o CEO da empresa Rheinmetall. Depois de descoberto o plano, as autoridades norte-americanas informaram as alemãs. Segundo a CNN, os serviços de segurança atuaram para proteger o empresário e frustrar os planos russos. No entanto, havia mais pessoas na mira russa.

As mesmas fontes revelaram à cadeia de televisão norte-americana que esse era apenas um de vários planos para assassinar responsáveis da indústria de defesa um pouco por toda a Europa que estão a apoiar Kiev com armas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O plano para matar Papperger seria o mais avançado. É que a empresa que lidera é a maior alemã produtora das munições de 155mm essenciais para a Ucrânia, além de estar a poucas semanas de abrir uma fábrica no território ucraniano para produzir veículos militares.

As autoridades alemãs recusaram prestar declarações sobre o caso, mas um alto funcionário do governo alemão confirmou à CNN que os Estados Unidos avisaram a Alemanha do plano. Também a Rheinmetall preferiu o silêncio, com um assessor a dizer apenas que “as medidas de segurança necessárias são sempre tomadas” em consulta com as autoridades competentes.

O Conselho de Segurança Nacional também recusou comentar sobre a existência do plano e do aviso norte-americano. No entanto, a porta-voz Adrienne Watson disse em comunicado que a Rússia está a “intensificar a campanha de subversão” e que os EUA estão a aumentar o foco nesta questão nos últimos meses. “Os EUA têm discutido esta questão com os parceiros da NATO e estamos a trabalhar juntos para expor e interromper as atividades”, afirmou, acrescentando que as ações da Rússia não vão impedir os aliados de continuar a apoiar a Ucrânia.