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A judoca Rochele Nunes foi afastada esta sexta-feira de manhã pela atleta bósnia Larisa Ceric por ipon, na categoria de +78kg. No final da prova, bastante emocionada, a portuguesa revelou o período difícil que passou antes de chegar a Paris. “Foi muito difícil estar aqui. Poucas pessoas sabem, mas há seis meses eu perdi o meu irmão de sete anos”, disse em declarações à RTP.

“[Pensei] se valeria a pena o esforço que fazia e achava que não ia ter condições de estar aqui bem fisicamente, mas [foi uma oportunidade para] estrear o que aprendi e tornar-me portuguesa [mostrar] o quanto somos resilientes”, disse a atleta, instantes depois de ser eliminada frente à adversária bósnia.

Numa curta declaração, e tomada por “um misto de sensações”, Rochele conta como a perda do irmão afetou a preparação para os Jogos de Paris. “Parece que estou a sofrer tudo o que não tive tempo para sofrer. Foi fui forte para estar aqui, mas não é fácil. Tive a luta mais difícil da minha vida há seis meses”, revela.

Antes, Rochele falou sobre os meses que antecederam os Jogos e preparação para Paris. “É muito triste, mas com certeza a minha preparação foi excelente. Agradeço às instituições todas, ao clube, a federação, ao comité, por fazerem muito com tão poucos recursos”. E deixou, ainda, um apelo: “Não vale a pena lembrarem-se de nós de quatro em quatros anos. É preciso fazer tudo ao mesmo tempo.”

A atleta do Benfica fez em Paris a sua segunda participação olímpica, depois de ter estado em Tóquio, onde também chegou aos oitavos de final, acabando por cair frente à número um do mundo na categoria, a cubana Idalys Ortiz.

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