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O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos pediu esta terça-feira uma investigação “independente, imparcial e transparente” sobre a alegada execução sumária de seis reféns israelitas em posse do grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

“Gaza: Estamos horrorizados com os relatos de que grupos armados palestinianos executaram sumariamente seis reféns israelitas, o que constituiria um crime de guerra”, declarou na rede X o gabinete do comissário, Volker Turk, que apela também para a responsabilização dos autores.

O Exército israelita anunciou no domingo a descoberta, num túnel na Faixa de Gaza, dos corpos de seis reféns, que, segundo os militares, foram mortos “à queima-roupa” pelo Hamas.

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O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acrescentou na segunda-feira que os reféns foram abatidos com um tiro na nuca.

O Hamas rebateu a acusação, de acordo com um dirigente do grupo palestiniano citado sob anonimato pela agência France Presse (AFP), alegando que os reféns foram mortos “por tiros e bombardeamentos do ocupante”, ou seja, de Israel.

Durante o ataque sem precedentes do Hamas a Israel que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro, 251 pessoas foram raptadas, 97 continuam detidas na Faixa de Gaza, incluindo 33 consideradas mortas pelo Exército.

O ataque provocou também a morte de cerca de 1.200 pessoas, sobretudo civis.

Em resposta, Israel lançou uma grande ofensiva aérea e terrestre na Faixa de Gaza, que fez pelo menos 40.819 mortos, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, na maioria mulheres e menores.

O anúncio no domingo causou intensa agitação em Israel e intensificou ainda mais as críticas ao primeiro-ministro, acusado de não fazer o suficiente para libertar os reféns ainda detidos.

O próprio Presidente norte-americano, Joe Biden, cujo país é o principal aliado de Israel, criticou Netanyahu por não ter ainda feito a sua parte para alcançar um acordo com o Hamas.

Na noite de segunda-feira, o chefe do Governo de Telavive reiterou que não cederia à pressão e que iria manter a operação militar contra o grupo palestiniano, recusando-se a ceder o controlo da faixa estratégica do Corredor de Filadélfia, no sul do enclave, e que tem sido uma das principais fontes de bloqueio das negociações.