Uma pessoa morreu e outras 93 ficaram feridas na sequência do despiste de um camião que transportava simpatizantes da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) em campanha eleitoral na Zambézia, centro de Moçambique, disse esta sexta-feira à Lusa o partido.

“Dos 93 feridos, dois foram transferidos para o Hospital Provincial [da Zambézia] e sete se encontram internados no Hospital Distrital [de Milange]. Os restantes tiveram alta e já se encontram nas suas casas”, disse à Lusa Ludmila Magune, porta-voz do partido no poder em Moçambique.

O camião despistou-se e embateu contra parte da estrutura de uma ponte metálica no distrito de Milange na noite de quarta-feira, quando o grupo regressava de um comício do candidato presidencial Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo.

“Tivemos um óbito de madrugada, mas referir aqui que esta senhora que morreu já estava com um estado de anemia e que foi agravado pela situação do acidente”, explicou uma profissional de saúde do Hospital Distrital de Milange, citada hoje pela comunicação social local.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A porta-voz da Frelimo afirmou que o partido a nível do distrito continua a prestar “assistência direta” às vítimas do sinistro.

Em setembro de 2019, pelo menos 10 pessoas morreram e outras 85 ficaram feridas quando uma multidão saiu de forma desordenada de um comício eleitoral da Frelimo num estádio de Nampula, norte de Moçambique, anunciou, na altura, o partido.

O incidente de 2019 ocorreu durante a campanha para as eleições gerais, num comício que era dirigido pelo então candidato presidencial e atual chefe de Estado, Filipe Nyusi.

A campanha para as eleições gerais de 9 de outubro deste ano em Moçambique decorre desde 26 de agosto, com quatro candidatos à Presidência da República e 37 forças políticas concorrentes nas legislativas e provinciais.

Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, segundo dados oficiais.

Concorrem à Ponta Vermelha (residência oficial do chefe de Estado em Moçambique) Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, e Venâncio Mondlane, apoiado pelos extraparlamentares Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos) e Revolução Democrática (RD).