E já são sete: Carolina Duarte conquistou este sábado o bronze nos 400 metros T13 (deficiência visual) dos Jogos Paralímpicos e alcançou a sétima medalha de Portugal, igualando a prestação de Pequim 2008 depois de já ter superado as últimas três participações.

No Stade de France, a atleta portuguesa de 34 anos que até tinha sido a mais rápida de todas as eliminatórias só ficou atrás da brasileira Rayane Silva, que carimbou o ouro com direito a novo recorde mundial, e da azeri Lamyia Valiyeva, que ficou com a prata. Carolina Duarte junta-se assim a Miguel Monteiro (lançamento do peso), Sandro Baessa (1.500 metros), Cristina Gonçalves (boccia), Diogo Cancela (natação), Luís Costa (ciclismo) e Djibrilo Iafa (judo) no lote de portugueses medalhados em Paris.

Carolina Duarte representa o JOMA, a Juventude Operária do Monte Abraão, e nos Jogos Paralímpicos do Rio tinha ficado em 7.º lugar nos 400 metros e em 6.º nos 100 metros. Acabou por não ir a Tóquio, já que descobriu que estava grávida a três meses da convocatória, e focou-se desde logo em Paris e no regresso à competição. Este sábado, logo depois de garantir a medalha de bronze e ainda a recuperar o fôlego, explicou que correu “com um batalhão” a empurrá-la.

“Desde as pessoas que me ajudam na parte psicológica, à nutrição, fisioterapeutas, treinador, Comité, Federação, a minha mãe e a minha irmã que me ajudam com a minha filha, o meu marido que cuida dos cães… Esta medalha é para todos eles e para Portugal inteiro”, atirou, antes de vincar de forma mais clara a questão da maternidade e de ter uma filha ainda muito pequena.

“Esta medalha é para todas as mães. Todas as mulheres, todas as mães que a certa altura acham que ser mãe as impede de alcançar sonhos, de ter objetivos, de ser ambiciosas. É preciso ter uma rede de apoio, ter muita força de vontade, mas, principalmente, não podemos deixar que ninguém nos que não somos capazes. Ninguém tem esse direito”, terminou.

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