Os cirurgiões gerais vão ser chamados a reforçar as equipas de obstetrícia para dar apoio aos partos por cesariana, quando as equipas estiverem desfalcadas. O semanário Expresso avança que a requisição consta do plano de contingência apresentado aos hospitais da rede pública e que a medida será posta em prática quando as equipas nas urgências esteja reduzida a um especialista em obstetrícia.

Mas a decisão não colhe o apoio dos cirurgiões. Ao semanário, o presidente do Colégio de Cirurgia Geral da Ordem dos Médicos (OM) garante que o organismo não foi informado da medida e que a luz verde está fora de questão: “A proposta não chegou ao Colégio e se chegar será reprovada. É inaceitável e um grande retrocesso”, diz Jorge Paulino Pereira.

O desenho do plano de contingência com que a Direção Executiva pretende dar resposta à falta de médicos obstetras ficou a cargo de Diogo Ayres de Campos, membro da Comissão Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente. Ao semanário, Ayres de Campos ressalva que o recurso a cirurgiões gerais “será para situações muito excecionais” e apenas aplicado a “hospitais muito pequenos, no interior, com médicos em número muito reduzido e com um número de urgências muito escasso, com 300 a 400 partos ano ou com fins de semana sem um único parto”.

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