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O Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, vai visitar Madrid na quarta-feira e encontrar-se com o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciou esta segunda-feira o novo embaixador da Palestina em Espanha, Husni Abdelwahed.
Espanha reconheceu formalmente o Estado da Palestina em 28 de maio passado, pelo que a representação diplomática da Autoridade Palestiniana em Madrid passou a ter estatuto de embaixada e Husni Abdelwahed apresentou esta segunda-feira as suas credenciais de embaixador ao Rei Felipe VI.
“As relações bilaterais entre a Palestina e Espanha avançam pelo caminho correto, e isto não é contra ninguém, mas a favor da paz e de uma solução política em benefício de todos”, disse Husni Abdelwahed aos jornalistas, após a cerimónia de entrega das credenciais de embaixador ao chefe de Estado espanhol, no Palácio Real de Madrid.
A visita de Mahmoud Abbas a Espanha é a primeira ao país desde que em 28 de maio o Governo espanhol, liderado pelo socialista Pedro Sánchez, reconheceu formalmente o Estado da Palestina.
Espanha reconhece Palestina por ser “necessidade perentória” para a paz
No início deste mês, o próprio Sánchez anunciou a primeira cimeira Espanha-Palestina ainda antes do final do ano, sem ter avançado uma data concreta.
“Vamos continuar a apoiar o povo de Gaza, apoiando a UNRWA [a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos] e pressionando [o primeiro-ministro israelita Benjamin] Netanyahu no Tribunal Penal Internacional, e vamos estreitar os nossos vínculos com o estado palestiniano, que reconhecemos recentemente”, disse Sánchez, em Madrid, em 4 de setembro, num discurso de apresentação das prioridades do governo espanhol para o novo ano político, após as férias do verão.
Segundo Sánchez, Espanha e a Palestina vão celebrar a primeira cimeira bilateral entre os dois estados ainda em 2024 e esperam “assinar vários acordos colaboração”.
Espanha reconheceu formalmente a Palestina como estado em 28 de maio, dia em que também a Noruega e a Irlanda avançaram com a mesma decisão, o que gerou críticas por parte de Israel.
No mês seguinte, Espanha juntou-se à queixa contra Israel apresentada no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) pela África do Sul, que acusa Telavive de genocídio na Faixa de Gaza.