O ministro dos Negócios Estrangeiros português destacou esta terça-feira a “excelência das relações” entre Portugal e o México, país com “grandes oportunidades” para as empresas nacionais, nomeadamente no setor das energias renováveis.
Paulo Rangel, que assiste esta terça-feira na Cidade do México à cerimónia de posse da nova Presidente, Claudia Sheinbaum, destacou à Lusa a “excelência das relações entre México e Portugal”.
Ilustrativo dessa relação bilateral é o facto de Portugal ser o único país da União Europeia (UE) representado ao nível ministerial — a Espanha não marcará presença porque o Rei Felipe XVI não foi convidado por ter ignorado um pedido do México para Madrid se desculpar pela colonização.
“Portugal vê a relação com o México como prioritária e o mesmo sentimos das autoridades mexicanas”, adiantou o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros à Lusa, numa conversa telefónica, destacando que as relações entre os dois países celebram este ano 160 anos.
Para Paulo Rangel, há “um caminho percorrido interessante, mas o potencial é muito, muito grande“, quer a nível bilateral quer multilateral.
Durante a sua deslocação ao México, que culmina esta terça-feira ao final do dia com um encontro com representantes da comunidade portuguesa, do corpo diplomático e da sociedade civil mexicana, o governante realizou contactos nas áreas culturais e económicas, nomeadamente no setor do turismo, como o Museu de Antropologia, o CIIT – Corredor Interoceânico do Istmo de Tehuantepec, o Fundo de Cultura Económica e à Confederação de Câmaras Nacionais de Comércio, Serviços e Turismo.
“O México é realmente um país de grandes oportunidades para as empresas portuguesas”, destacou o ministro.
As empresas portuguesas estão já presentes na construção civil e na área tecnológica, comentou Rangel, que assinalou a “grande recetividade nas energias renováveis”, um setor em que Portugal “pode vir a marcar presença”.
Sobre a nova chefe de Estado, que inicia hoje funções, Rangel disse esperar “alguma continuidade”, uma vez que a proveniência política é a mesma do seu antecessor, Andrés Lopéz Obrador, mas também “alguma mudança”, tendo em conta as “novas prioridades do desenvolvimento sustentável” e, no plano multilateral, “uma intervenção mais ativa”.