O poeta Rui Lage venceu o Prémio Literário António Gedeão 2024 pela obra Firmamento, que associa elementos científicos a leituras singulares do mundo e do humano, criando um estilo literário original, anunciaram hoje os promotores do prémio.
Instituído pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) em parceria com a SABSEG — Corretor de Seguros, este prémio de poesia foi atribuído por unanimidade do júri, composto pelos escritores, professores e ensaístas José Manuel Mendes, Paula Mendes Coelho e Paulo Sucena.
Na justificação da escolha da obra de Rui Lage, o júri considerou que “Firmamento associa de modo exímio matérias, designadamente de índole científica, e formas que constituem uma leitura singular do mundo e do humano na sua contingência, inscrevendo-se de maneira inovadora na tradição literária”.
Firmamento, editado em 2022 pela Assírio e Alvim, coloca o leitor frente a frente com a imensidão do cosmos, cruzando-a com o verso terrestre.
Rui Lage, que foi investigador académico, docente na ACE — Escola de Artes e professor de História Cultural do Teatro na Universidade Lusófona, junta-se à lista de vencedores deste prémio, da qual constam os nomes de A. M. Pires Cabral, vencedor em 2022, com a obra Caderneta de lembranças, António Carlos Cortez, em 2020, com a obra Jaguar, Daniel Jonas, em 2018 com a obra Oblívio, Nuno Júdice, em 2016, com A Convergência dos Ventos; Manuel Gusmão, com Pequeno Tratado das Figuras, em 2014, e Ana Luísa Amaral, em 2012, com Vozes.
O Prémio de Poesia António Gedeão alterna, anualmente, com o Prémio de Novela e Romance Urbano Tavares Rodrigues, que foi atribuído a Ana Cristina Silva, em 2013; Lídia Jorge, em 2015 e novamente em 2023; Isabela Figueiredo, em 2017; Luísa Costa Gomes, em 2019; e João de Melo, em 2021.
Os dois prémios distinguem a obra literária de escritores que também são professores, com o objetivo de valorizar o seu trabalho “além do que é a sua exigente atividade na escola”.