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O possível sucessor de Hassan Nasrallah na liderança do Hezbollah, Hashem Safieddine, foi morto num ataque aéreo israelita na passada quinta-feira? O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e as Forças de Defesa de Israel (IDF) discordam na resposta. O chefe do governo diz que foi eliminado, o porta-voz das IDF recusa-se a confirmar a sua morte.

“Israel vai ganhar. Degradámos as capacidades do Hezbollah, eliminámos milhares de terroristas, incluindo o próprio Nasrallah e os sucessores de Nasrallah e os sucessores dos seus sucessores. Hoje, o Hezbollah está mais frágil”, afirmou Benjamin Netanyahu numa declaração em vídeo, publicada esta terça-feira, em que se dirigia ao povo libanês.

Netanyahu utilizou esta declaração como mote para fazer um apelo aos libaneses: “Podem tomar conta do vosso país e devolvê-lo ao caminho da paz e da prosperidade”. Segundo o primeiro-ministro israelita, a fragilidade que Israel impôs ao Hezbollah ao longo do último ano, permite agora aos libaneses retirar todo o poder que sobra ao grupo xiita, alinhado com o Irão, algo que não se proporcionava há mais de duas décadas.

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Ilustrando a ofensiva israelita no Líbano, que se intensificou nas últimas semanas com a invasão terrestre, como uma oportunidade de libertação para o país, Netanyahu acrescentou que caso os libaneses não aproveitem a oportunidade, “o Hezbollah vai continuar a tentar lutar contra Israel a partir de áreas densamente povoadas, à vossa custa”.

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As Forças de Defesa israelitas têm focado muitos dos seus ataques aéreos em Dahiyeh, um bastião do Hezbollah no sul de Beirute, matando dezenas de líderes políticos e comandantes militares do grupo libanês, assim como centenas de civis — em todo o país, o Ministério da Saúde libanês registou mais de 2000 mortos.

A morte destes líderes têm sido confirmada por várias fontes. Habitualmente, são avançadas pelos media locais, confirmadas pelas IDF e, por último, assumidas pelo próprio Hezbollah. Contudo, no caso de Safieddine, o relato foi feito apenas pelos media sauditas — e agora, diretamente pelo chefe do governo de Telavive.

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Horas depois, as IDF contrariaram esta certeza de Benjamin Netanyahu. “Atingimos a sede dos serviços de informação do Hezbollah em Beirute. Esta é a sede do chefe da divisão de informação, Abu Abdullah Mortada. Sabemos que Hashem Safieddine estava aí com ele.”, confirmou o porta-voz, Daniel Hagari, numa conferência de imprensa, respondendo a uma questão sobre o ataque desencadeado contra Safieddine, que foi ainda mais violento que os ataques da semana anterior, que mataram Nasrallah.

No entanto, Hagari recusou confirmar que o ataque tinha atingido o alvo e Safieddine foi morto. “Os resultados do ataque ainda estão a ser avaliados, o Hezbollah está a tentar esconder os detalhes. Quando soubermos, vamos atualizar o público.“, rematou Hagari, citado pelo Times of Israel.