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Os 15 arguidos identificados esta quinta-feira na primeira sessão do julgamento do processo BES/GES recusaram por agora prestar declarações, depois de terem sido identificados perante o tribunal.

GES/BES. Os arguidos e os crimes de um dos maiores casos da Justiça em Portugal

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Entre os arguidos que recusaram falar e fizeram a sua identificação formal estiveram o ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES) Ricardo Salgado, os antigos administradores Amílcar Morais Pires e Manuel Espírito Santo Silva, o contabilista Machado da Cruz, o ex-diretor do Departamento Financeiro, Mercados e Estudos (DFME) do BES Paulo Ferreira, o ex-vogal da sociedade ESAF Pedro Almeida Costa, o ex-diretor adjunto do DFME Nuno Escudeiro, o ex-responsável de ‘compliance’ do BES João Martins Pereira, os suíços Etienne Cadosch e Michel Creton, ambos ligados à sociedade Eurofin, e os ex-funcionários do DFME do BES Pedro Serra e Pedro Pinto.

Foram ainda identificadas as sociedades Rio Forte Investments, Espírito Santo Irmãos, SGPS e Eurofin, através dos seus representantes legais: Ana Paula Alves, Ricardo Salgado e Etienne Cadosch, respetivamente, que também não prestaram declarações.

Apenas os arguidos Isabel Almeida, António Soares e Cláudia Boal Faria não estiveram presentes esta terça-feira no tribunal.

O antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, é o principal arguido do caso BES/GES e responde em tribunal por 62 crimes, alegadamente praticados entre 2009 e 2014.

Entre os crimes imputados contam-se um de associação criminosa, 12 de corrupção ativa no setor privado, 29 de burla qualificada, cinco de infidelidade, um de manipulação de mercado, sete de branqueamento de capitais e sete de falsificação de documentos.

Segundo o Ministério Público, a derrocada do GES terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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