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Israel lançou esta quarta-feira uma série de ataques em vários pontos do Líbano, incluindo em Beirute, assegurando que está a “eliminar dezenas de terroristas” e munições. No total, o número de vítimas mortais já chega aos 21, incluindo o autarca da cidade libanesa de Nabatieh.

Para já, o ataque com maior número de vítimas será o que atingiu a cidade de Qana, no sul do Líbano, onde morreram 15 pessoas. O primeiro balanço do ataque contra Qana indicava 10 mortos e 15 feridos.

Os meios de comunicação locais afirmaram que se registaram vários ataques contra a cidade do sul do país durante a noite.

Há mais seis mortos a registar após um ataque à cidade de Nabatieh, outra cidade que se situa no sul do país. Neste caso, o alvo atingido foi um edifício municipal, tendo o ministério da Saúde libanês adiantado que morreram seis pessoas e 43 ficaram feridas. Uma das vítimas mortais foi Ahmad Kahil, autarca da cidade. O governador de Nabatieh classificou a série de bombardeamentos na cidade como um “cinturão de fogo”.

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Nas últimas horas, a aviação de combate de Israel atingiu também os subúrbios do sul de Beirute, pela primeira vez em seis dias, noticiou a imprensa estatal libanesa. Segundo o exército israelita, o objetivo passou por atingir um armazém de armas do Hezbollah que estava num nível subterrâneo de um edifício na capital da cidade, que recebeu um aviso de evacuação prévio.

O ataque contra Beirute ocorre um dia depois de o primeiro-ministro interino, Najib Mikati, ter afirmado que o governo dos Estados Unidos tinha oferecido garantias de que Israel iria atenuar os raids aéreos na capital libanesa.

Estados Unidos avisam Israel que se opõem a bombardeamentos em Beirute

Israel afirma que está a atacar os bens do Hezbollah (Partido de Deus) nos subúrbios de Beirute, onde o grupo armado xiita mantém uma forte presença. A zona é também habitada por civis.

Um fotógrafo da agência Associated Press no local disse que o primeiro ataque da aviação de Israel foi registado menos de uma hora após o aviso.

O Hezbollah começou a disparar foguetes contra Israel em 8 de outubro do ano passado.

O agravamento da situação militar no sul do Líbano, no mês passado, já provocou 1,2 milhões de refugiados e deslocados internos.