O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, prometeu este sábado o apoio do país ao plano da Ucrânia para acabar com a guerra com a Rússia, que já decorre há dois anos e meio.

Em declarações aos jornalistas em Kiev, Barrot disse ainda que trabalhará com as autoridades ucranianas para garantir o apoio de outras nações para a proposta.  O designado “plano de vitória” revelado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no início da semana está a ser analisado pelos parceiros ocidentais da Ucrânia, cuja ajuda é vital para Kiev resistir ao seu vizinho.

“Uma vitória russa seria uma consagração da lei do mais forte e levaria ao caos da ordem mundial”, declarou Barrot numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo ucraniano, Andrii Sybiga. “É por isso que as nossas discussões nos devem permitir fazer avançar o plano de vitória do presidente Zelensky e reunir o maior número possível de países em torno dele”, acrescentou.

Os cinco pontos do “plano de vitória” de Zelensky

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Um elemento-chave seria um convite formal para o país aderir à NATO, questão que os aliados se têm mostrado relutantes em considerar antes do fim da guerra.

Sobre este tópico, Jean-Noël Barrot também não fechou a porta. “Sobre o convite para a entrada da Ucrânia na NATO, estamos abertos a isso e é uma discussão que estamos a ter com os nossos parceiros”, afirmou o chefe da diplomacia gaulesa.

A França tem sido, desde a invasão de território ucraniano pela Rússia em 2022, um dos mais firmes apoiantes da Ucrânia na Europa, a nível militar, diplomático e económico.

Atualmente, Paris está a treinar e equipará uma nova brigada de soldados ucranianos, que serão destacados para a linha da frente dos combates, e o chefe da diplomacia anunciou que o primeiro lote de caças franceses Mirage 2000 será entregue nos primeiros três meses de 2025, com pilotos e mecânicos ucranianos formados para a sua utilização.

O chefe da diplomacia francesa assinalou que “ao resistir ao invasor com excecional coragem”, os ucranianos não lutam apenas “pela integridade territorial” do país, “mas mantêm também uma linha de frente que separa a Europa da Rússia de Vladimir Putin, a liberdade da opressão”.