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O envio de soldados norte-coreanos para combater ao lado das forças russas na Ucrânia levaria a uma escalada significativa na guerra, declarou esta segunda-feira o secretário-geral da NATO, Mark Rutte.
“O envio de tropas pela Coreia do Norte para combater com a Rússia na Ucrânia marcaria uma escalada significativa” na guerra, declarou o responsável da Aliança Atlântica na rede social X.
I spoke with @President_KR about #NATO’s close partnership w/ Seoul, defence industrial cooperation, and the interconnected security of the Euro-Atlantic and Indo-Pacific. #NorthKorea sending troops to fight alongside #Russia in #Ukraine would mark a significant escalation.
— Mark Rutte (@SecGenNATO) October 21, 2024
“Conversei com o Presidente sul-coreano [Yoon Suk Yeol] sobre a estreita parceria entre a NATO e Seul, a cooperação da indústria da defesa e a segurança interligada das [regiões] Euro-atlântica e Indo-Pacífico”, afirmou Rutte.
A Coreia do Sul convocou esta segunda-feira o embaixador russo em Seul para manifestar descontentamento com a decisão de Pyongyang de enviar milhares de soldados para apoiar Moscovo na guerra com a Ucrânia, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Kim Hong-kyun, expressou, em comunicado, as “graves preocupações” de Seul sobre o recente envio de tropas norte-coreanas para a Rússia e exigiu firmemente a retirada imediata das forças norte-coreanas e a cessação da cooperação nesta área.
Kim Hong-kyun, transmitiu a posição do Governo de Yoon Suk-yeol durante um encontro com o embaixador russo, Georgy Zinoviev, segundo a agência Yonhap, citando fontes diplomáticas.
Zinoviev confirmou aos meios de comunicação social, à saída do Ministério dos Negócios Estrangeiros em Seul, que se encontrou com Kim, mas recusou responder a mais perguntas.
Na sexta-feira, o Serviço Nacional de Informações da Coreia do Sul (NIS) garantiu que Pyongyang pretende enviar cerca de 12 mil soldados para a Ucrânia e que 1.500 já foram transferidos na semana passada para instalações militares russas nas regiões de Primorye, Khabarovsk e Amur, no Extremo Oriente.
As autoridades ucranianas informaram que Moscovo planeia enviar cerca de 10.000 soldados norte-coreanos para a região de Kursk a partir de 1 de novembro para conter os avanços ucranianos.
Moscovo considerou uma farsa as acusações, enquanto Pyongyang está a ignorar a questão.
Os analistas consideram que este acordo entre a Coreia do Norte e a Rússia está em linha com o tratado de parceria estratégica bilateral assinado em junho e que apela à assistência militar mútua no caso de um dos dois países ser atacado.