882kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Vizinhos acusam polícia de invadir casa de Odair Moniz "sem justificação", PSP nega

Vizinhos de Odair Moniz na Cova da Moura acusam a polícia de ter invadido "a casa de um morto". A PSP "nega categoricamente o arrombamento de quaisquer portas".

Porta de casa onde vivia Odair Moniz alegadamente arrombada pela PSP
i

Porta de casa onde vivia Odair Moniz alegadamente arrombada pela PSP

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Porta de casa onde vivia Odair Moniz alegadamente arrombada pela PSP

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Siga aqui o nosso liveblog  que acompanha as consequências dos violentos protestos que assolam vários bairros da Grande Lisboa

Vizinhos da família de Odair Moniz baleado pela PSP na Cova da Moura, Amadora, acusam a polícia de ter entrada na casa da vítima terça-feira à noite “sem qualquer justificação”, cenário que a força de segurança nega.

A polícia invadiu a casa do morto. Eu estava na porta. Empurraram a porta e depois corri para a sala e depois a senhora (viúva) levantou a fotografia (de Odair Moniz)”, declarou Delfina, moradora no bairro do Zambujal, à agência Lusa.

Zambujal. Advogada da família relata invasão violenta e agressões na casa do morto pela PSP

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Esta testemunha mostrou à Lusa um ferimento no braço esquerdo, alegadamente por ter tentado fechar a porta aos “agentes da polícia”.

A vizinha de Odair Moniz disse ainda que se dirigiu ao apartamento para apresentar os pêsames à família.

“Não sei a que horas foi”, afirmou referindo-se à noite de terça-feira.

“Isto é muito triste”, lamentou Delfina visivelmente perturbada com os acontecimentos das últimas 24 horas. Outros vizinhos disseram também à Lusa que a polícia “invadiu” a casa, mas sem se identificarem.

Questionada pela Lusa, fonte da PSP negou que a PSP tenha entrado na casa da família da vítima.

Em comunicado, a direção nacional da PSP esclarece que a polícia entrou apenas numa casa em apoio aos bombeiros.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

“Relativamente à notícia veiculada de entrada de polícias em habitações no Bairro do Zambujal, a polícia informa que ocorreu apenas a entrada numa casa, que não a que está referida nas notícias veiculadas [casa da vítima mortal], em apoio aos Bombeiros Voluntários da Amadora, que se deslocaram ao local para apoio médico a uma criança e por solicitação da família”.

A PSP “nega categoricamente o arrombamento de quaisquer portas”.

Também o Bloco de Esquerda (BE) questionou esta quarta-feira o Ministério da Administração Interna sobre uma alegada invasão pela PSP da casa de Odair Moniz, baleado mortalmente na madrugada de segunda-feira na Amadora, pedindo esclarecimentos sobre o episódio relatado pela família e advogada.

Na pergunta, dirigida à ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, é referido que vários órgãos de comunicação social divulgaram que “a casa da família de Odair Moniz foi invadida, na noite de ontem [terça-feira], por agentes da PSP encapuzados e fortemente armados”.

“Segundo foi relatado, seriam cerca de 15 os agentes que se aproximaram do apartamento e arrombaram e destruíram a porta, tendo três dele entrado na casa. Já no interior, os agentes terão destruído mobília e agredido duas pessoas, uma rapariga de 19 anos e um amigo da família estava no interior. Terá sido a companheira de Odair quem conseguiu que os agentes saíssem do apartamento, sendo que a PSP terá voltado cerca de uma hora depois. Nessa altura, já a advogada da família se encontrava no apartamento”, lê-se no texto.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Na pergunta, assinada pelo líder parlamentar do BE, Fabian Figueiredo, é acrescentado que “de acordo com a advogada da família de Odair, os agentes não se encontravam identificados e não exibiram qualquer mandado judicial para a realização desta diligência”.

Três pessoas foram detidas na terça-feira, duas das quais por incêndio e agressões a agentes policias, na sequência dos desacatos após a morte de um homem baleado pela PSP na Cova da Moura, Amadora, disse fonte policial.

Os desacatos têm sucedido desde segunda-feira e espalharam-se na noite de terça-feira a várias zonas de Lisboa, nomeadamente Carnaxide (Oeiras), Casal de Cambra (Sintra) e Damaia (Amadora).

“Dizem que não vão parar até matarem um polícia.” A segunda noite de violência nas ruas do Bairro do Zambujal

Odair Moniz, de 43 anos, foi baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, no Bairro da Cova da Moura, na Amadora, e morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça até artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.