A nave espacial chinesa Shenzhou-19, com três astronautas a bordo, acoplou-se esta quarta-feira com sucesso ao módulo central Tianhe, da estação espacial Tiangong, anunciou a Agência Espacial de Missões Tripuladas da China.

A acoplagem foi concluída às 11h00 (3h00, em Lisboa), após um processo que demorou cerca de seis horas e meia, desde o lançamento da nave a partir da base de Jiuquan, no deserto do norte do país.

A tripulação da Shenzhou-19 é liderada por Cai Xuzhe, um veterano da missão Shenzhou-14, realizada em 2022. Ele é acompanhado por dois estreantes: Song Lingdong, antigo piloto da força aérea, e Wang Haoze, engenheira da Academia de Tecnologia de Propulsão Aeroespacial.

Os três astronautas vão entrar no módulo Tianhe, onde conviverão com a tripulação da Shenzhou-18, composta por Ye Guangfu, Li Cong e Li Guangsu, que se encontram na Tiangong desde abril. As duas tripulações permanecerão juntas nos próximos dias até que os tripulantes da Shenzhou-18 iniciem a sua viagem de regresso à Terra.

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Durante uma estadia de seis meses na estação, os astronautas da Shenzhou-19 vão efetuar investigação científica, incluindo testes para a construção de habitats lunares utilizando tijolos feitos de material simulado do solo lunar.

Esta é a oitava missão tripulada a visitar Tiangong, que funcionará durante cerca de dez anos e deverá tornar-se a única estação espacial do mundo a partir de 2024, se a Estação Espacial Internacional, uma iniciativa liderada pelos Estados Unidos, for retirada como planeado este ano.

Pequim reforçou o seu programa espacial com investimentos estratégicos, alcançando marcos importantes como a aterragem no lado mais distante da Lua com a sonda Chang’e 4 e a chegada a Marte, sendo o terceiro país a fazê-lo, depois dos Estados Unidos e da antiga União Soviética.