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Lisboa. Dez carros foram incendiados em Benfica na madrugada desta quarta-feira. Detido fica em prisão preventiva

Os 10 carros incendiados na quarta-feira juntam-se a outros onze, destruídos no sábado. A Junta de Benfica diz que não há ligação, mas pediu uma reunião urgente com a MAI, não tendo obtido resposta.

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O suspeito detido na madrugada desta quarta-feira em Benfica, Lisboa, depois de cerca de 10 viaturas terem sido incendiadas em três ruas da freguesia, sabe o Observador.

Segundo a PSP, a detenção ocorreu cerca das 2h00. Fonte da Junta de Freguesia confirmou que três carros foram incendiados na Estrada de Benfica, dois na Rua Barroso Lopes e um na Rua Julião Quintinha, próximo do Centro Comercial Fonte Nova.

Estes atos de vandalismo em Benfica ocorreram depois de na noite de sábado para domingo terem igualmente sido incendiados na freguesia 11 veículos ligeiros e três motociclos, num caso que obrigou a um reforço do policiamento na zona.

A Junta de Freguesia de Benfica “lamentou e repudiou os atos de vandalismo” e elogiou a intervenção da polícia e dos bombeiros, em comunicado na quarta-feira à tarde. Ainda assim, adiantou que os dois atos não estarão relacionados. “Esta onda de vandalismo, embora preocupante, não reflete a realidade de segurança de Benfica”, pode ler-se. E ainda: “É nossa convicção que atos ocorridos nesta última madrugada, não estão relacionados com os da madrugada do passado sábado considerando que foram em tudo diferentes, quer na forma, quer nos engenhos utilizados, quer no modus operandi“.

A Junta de Benfica já solicitou uma reunião com caráter urgente com a ministra da Administração Interna, para encontrar “formas de ressarcir os nossos fregueses pelos graves prejuízos sofridos”. Contudo, o pedido ainda não obteve qualquer resposta da MAI.

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Sobre os incidentes, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, apelou esta quarta-feira de manhã à serenidade, considerando que deve haver tolerância zero para com estes crimes, além de reforço policial em toda a cidade.

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“Eu tenho vindo a pedir aos vários ministros da Administração Interna mais PSP. Em Lisboa, a PSP não tem o número de polícias que deveria ter. Lisboa, em 2010, tinha 8.000 [agentes da] PSP. Hoje tem 6.700. Ou seja, numa cidade completamente diferente de 2010, Lisboa tem menos polícia. Não pode ser. Temos de ter mais Polícia de Segurança Pública e temos também de ter mais Polícia Municipal. E a Polícia Municipal tem de reforçar as suas competências, que é aquilo que eu sempre defendi”, afirmou, em declarações aos jornalistas à margem de uma iniciativa sobre preparar a cidade para grandes emergências, como sismos ou ‘tsunamis’.

No fim de semana, além dos veículos incendiados foram vandalizados em Benfica dois edifícios, uma loja, mobiliário urbano e caixotes do lixo.

Na semana passada foram registados vários incidentes e tumultos, especialmente durante a noite, na Área Metropolitana de Lisboa, na sequência da morte de Odair Moniz, baleado por um agente da PSP no bairro da Cova da Moura, na Amadora, na madrugada de dia 21 de outubro.

A Inspeção-Geral da Administração Interna e a PSP abriram inquéritos, e o agente que baleou o homem foi constituído arguido.

Morte de Odair. Advogado de agente da PSP refere que “tudo indica legítima defesa”

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