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O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu que a liberdade de ação de Israel no Médio Oriente é mais importante que os documentos para um cessar-fogo. As declarações desta quinta-feira vão de encontro às palavras dos outros líderes regionais — e até norte-americanos — que têm apresentado sucessivas propostas para pôr fim ao conflito regional.

Os acordos, os papéis, as propostas têm o seu lugar, mas não são o essencial, que é a nossa capacidade e determinação de garantirmos a nossa segurança, frustrarmos ataques contra nós e agirmos contra os nossos inimigos, apesar de todas as pressões e limitações”, afirmou Netanyahu, numa cerimónia de graduação das Forças de Defesa de Israel (IDF). O chefe do executivo israelita apontou o dedo diretamente ao Irão. “As palavras dos líderes do regime no Irão não podem esconder o facto de que Israel tem mais liberdade de ação no Irão do que nunca. Podemos alcançar qualquer lugar no Irão”, acrescentou, citado pelo Timesof Israel.

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Netanyahu continuou, definindo como objetivo principal objetivo impedir Teerão de obter armas nucleares e recusando colocar uma data para o fim da guerra, que só vai acontecer, insistiu, quando alcançarem a “vitória total”. “Não retirámos nem vamos retirar os olhos do objetivo. Estabelecemos objetivos claros para a vitória na guerra”, declarou.

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Os elogios ficaram reservados para os Estados Unidos, mas com um alerta. “Eu aprecio mesmo o apoio dos Estados Unidos. Quando é possível, digo que sim. Mas quando tenho, digo que não”, defendeu o chefe de governo de Israel.

O seu discurso olhou ainda para os confrontos contra o Hezbollah e o Hamas, onde garantiu que os objetivos estavam a ser alcançados e acerca dos quais criticou aqueles que propõem soluções diplomáticas “prematuras”. Sobre os reféns, Netanyahu argumentou que já conseguiu o regresso de metade dos israelitas raptados pelo Hamas a 7 de outubro e estão a trabalhar para trazer os restantes — sem mencionar que, dos 117 reféns libertados ao longo do último ano, mais de uma centena regressaram a casa através de um acordo diplomático para uma semana de cessar-fogo, no final de novembro de 2023.

O Times of Israel descreve que o discurso foi recebido com aplausos contínuos e com gritos da audiência de “Bibi”, o diminutivo do chefe do executivo israelita.