O Supremo Tribunal norte-americano determinou, esta sexta-feira, que o estado da Pensilvânia deve permitir que os eleitores que enviem votos por correspondência considerados defeituosos possam votar pessoalmente, noticia a NBC. Esta decisão é uma derrota para o Partido Republicano, que contestou uma decisão do Supremo Tribunal da Pensilvânia, que tinha decidido no mesmo sentido.
Para os eleitores da Pensilvânia que cometam algum tipo de erro na forma como prepararam os boletins de voto enviados pelo correio, esta decisão garante que têm uma segunda oportunidade para que o seu voto seja contabilizado — isto num estado onde as sondagens indicam um empate técnico entre o ex-presidente Donald Trump e a atual vice-presidente Kamala Harris.
De acordo com a interpretação dos republicanos, os boletins de voto enviados pelo correio que não sejam inseridas num envelope secreto, que não tenham data ou assinatura do eleitor devem ser consideradas nulas, não devendo ser permitido que o eleitor possa tentar votar de novo. Um argumento que os juízes do Supremo Tribunal não acolheram.
Donald Trump e Kamala Harris empatados em sondagens nacionais da CNN e New York Times
Não é ainda conhecido o impacto que esta decisão poderá ter na Pensilvânia, uma vez que nem todos os condados deste estado norte-americano notificam os eleitores sobre boletins de voto irregulares que tenham sido enviados por correio. No entanto, no recurso que interpôs no Supremo Tribunal, o Partido Republicano argumentou que podem estar em causa “milhares” de votos.
A decisão não deixa de ser surpreendente, uma vez que o Supremo Tribunal tem uma maioria de juízes conservadores. Um deles, Samuel Alito, escreveu mesmo uma breve declaração de voto — que foi assinada também por outros dois juízes conservadores, Clarence Thomas e Neil Gorsuch — a justificar a sua posição.