O resultado das eleições norte-americanas, que muitos acharam surpreendente, causou igualmente alguma surpresa no valor da Tesla, cujas acções começaram a subir no dia das eleições (5/11), ainda antes de ser conhecida a votação, para depois aumentar o ritmo até ao encerramento da bolsa na 6.ª feira (8/11). Durante os últimos cinco dias, o valor da Tesla subiu 31,3%, atingindo à hora do fecho 322,80$, o que elevou a capitalização bolsista da marca para cima do trilião de dólares (1 bilião de dólares em português, ou 1 milhão de milhões).
Não é a primeira vez que este construtor norte-americano de veículos eléctricos ultrapassa a fasquia do trilião de dólares, o que levou a Tesla a tornar-se no construtor de veículos mais valioso do mundo, avaliado em 1,020 biliões de dólares, superando o quádruplo do valor da 2.ª classificada, a Toyota (226 mil milhões de dólares) e batendo o valor dos 14 construtores que a seguem no ranking do valor em bolsa. Na 3.ª posição surge a primeira marca chinesa, a BYD, com um valor de 113 mil milhões, seguida da Ferrari (87 MM), Porsche (63 MM), General Motors (60 MM), Mercedes (59 MM), Volkswagen (47 MM), BMW (45 MM) e a Ford (43 MM) a encerrar o top 10. A seguir encontram-se a Maruti Suzuki (42,1 MM), Mahindra (42 MM), Honda (41 MM), Tata (39 MM) e Stellantis (38 MM).
Na 2.ª feira (4/11), a bolsa fechou com a Tesla a ser cotada a 243,65$ o título, para depois, no dia das eleições (5/11), subir até 259$ à hora do fecho, um incremento de 6,2%. Foi no dia seguinte (6/11), quando os resultados começaram a ser conhecidos, que se deu um salto de 9,5%, com as acções a atingirem 286,74$. No dia 7, 5.ª feira e já com uma ideia de que a vitória a não fugiria a Donald Trump, as acções subiram mais 4,1%, para dar um salto de mais 7,5% na 6.ª feira (8/11). Tudo porque o mercado acredita que a Tesla pode retirar vantagens da relação privilegiada de Elon Musk com Donald Trump ou, pelo menos, enquanto esta durar.