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Pelo menos 59 pessoas morreram nas últimas 24 horas em mais de cem ataques israelitas no Líbano, quase metade das quais na região de Baalbek, informaram esta sexta-feira fontes oficiais.

Segundo o Ministério da Saúde Pública libanês, além dos 59 mortos, 182 pessoas ficaram feridas na quinta-feira, elevando o número total desde o início da guerra entre Israel e o movimento xiita libanês Hezbollah, a 8 de outubro de 2023, para 3.445 mortos (223 dos quais crianças e 666, mulheres) e 14.599 feridos.

O Conselho de Ministros da Presidência libanesa indicou esta sexta-feira num relatório que, durante as últimas 24 horas, foram registados 116 ataques aéreos em diferentes áreas do território libanês, principalmente concentrados em Nabatiye, no sul do país, com 50 ataques.

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Mas foi na região de Baalbek-Hermel, no leste do Líbano, que se registou um dos ataques mais mortíferos, contra um centro da Defesa Civil, causando a morte de pelo menos 15 socorristas, além de outras ações na zona que fizeram mais 13 mortos.

Em mais de um ano, foram mortos 208 membros do setor da saúde em ataques israelitas, de acordo com o Ministério da Saúde.

Por outro lado, o número total de deslocados internos registados em centros acreditados atingiu 187.816 pessoas, com a maior percentagem nas províncias do Monte Líbano e de Beirute, embora se creia que o número de deslocados internos seja muito mais elevado.

O Governo libanês estima que 1,2 milhões de pessoas se viram obrigadas a abandonar as suas casas desde 23 de setembro, data da escalada do conflito por parte de Israel contra o movimento xiita pró-iraniano Hezbollah, e da subsequente invasão terrestre do sul do Líbano.

A Segurança Geral registou igualmente a travessia de 381.277 cidadãos sírios e 215.856 cidadãos libaneses para território sírio.

Além disso, há um total de 1.172 abrigos credenciados para receber e acolher deslocados internos e, desses, 978 centros atingiram até agora a sua capacidade máxima, segundo o relatório.

A ONU alertou também esta sexta-feira para um “aumento alarmante” nos últimos dias de população morta em ataques israelitas a zonas “densamente povoadas” do Líbano.

“O número de pessoas mortas, feridas, deslocadas ou que enfrentam ordens de deslocação a que assistimos diariamente é lamentável”, afirmou o Gabinete da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários no Líbano (OCHA Líbano).

“A proteção dos civis não é opcional: é uma obrigação moral e jurídica que vincula todas as partes num conflito armado”, sublinhou.

“Têm de ser tomadas todas as precauções possíveis para impedir e minimizar os danos causados a civis, inclusive na escolha de armas e táticas, verificando os alvos e emitindo avisos prévios eficazes e atempados”, defendeu o OCHA Líbano.