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Pelo menos 25 pessoas morreram no noroeste da Síria em ataques aéreos levados a cabo pelo governo sírio e pela Rússia, informaram na madrugada desta segunda-feira os serviços de emergência dos rebeldes anti-Assad, conhecidos como capacetes brancos, citados pela Reuters. Dez crianças estão entre as vítimas mortais.
Segundo fontes militares, igualmente citadas pela agência noticiosa, os jatos russos e sírios atingiram no domingo a cidade de Idlib, controlada pelos rebeldes, no norte da Síria, bem como outros territórios controlados pelos rebeldes perto de Alepo, numa altura em que o Presidente Bashar al-Assad prometia “esmagar os insurretos”, que tinham invadido a cidade de Alepo no dia anterior.
No sábado, a cidade de Alepo, no norte da Síria, foi palco de intensos bombardeamentos por parte das forças armadas russas e sírias, que combatem os rebeldes do movimento salafista Hayat Tahrir al Sham e também outros grupos apoiados pela Turquia, que na sexta-feira lançaram um ataque surpresa contra o regime de Bashar al-Assad e conseguiram controlar algumas partes da cidade.
Foi a primeira vez desde 2016 que as forças russas e sírias bombardearam Alepo, a segunda maior cidade da Síria, no contexto de uma guerra civil que já se prolonga desde a primavera árabe de 2011. Nessa altura, com o apoio da Rússia e de grupos ligados ao Irão, o regime de Assad recuperou o controlo de Alepo aos rebeldes, mantendo a cidade sob controlo desde então.
O exército sírio afirma ter recapturado várias cidades que os rebeldes tinham invadido nos últimos dias. Os residentes afirmaram que um dos ataques atingiu uma zona residencial de alta densidade populacional no centro de Idlib, onde cerca de quatro milhões de pessoas vivem em tendas e habitações improvisadas desde que o conflito armado começou, em 2011. O exército sírio e a Rússia, sua aliada, afirmam que têm como alvo os esconderijos dos grupos rebeldes e negam ter atacado civis.