Hélio Filipe, segurança de André Ventura, que também é militante do Chega, foi condenado a uma pena suspensa de dois anos de prisão por roubo. No acórdão do Tribunal de Loures, citado pelo JN, descreve-se que, quando era segurança de uma discoteca em Torres Vedras, juntamente com outro homem, dirigiu um cliente às traseiras da discoteca e agrediu-o com violência, acabando por roubá-lo.

“Desferiram vários socos e pontapés no corpo do ofendido, que estava deitado no solo e impedido de se defender”, relatam as juízas Carla Sofia Silva, Mariana Santos Campino e Maria Tília de Almeida. Os dois agressores revistaram depois o homem e “retiraram uma nota com o valor facial de 10 euros” da sua carteira. É pelo roubo da nota que o segurança acabou condenado.

No acórdão, indica-se que a vítima das agressões teria sido expulsa do estabelecimento de diversão noturna por se ter apropriado de uma garrafa de álcool sem pagar. Hélio Filipe não foi, no entanto, julgado pelo crime de ofensa à integridade física, dado que a  vítima das agressões na discoteca desistiu dessa parte da queixa.

O segurança do líder do Chega estava acusado dos crimes de extorsão, rapto, sequestro, detenção de arma proibida, denúncia caluniosa, falsificação de documento, falsidade de testemunho, ofensas à integridade física e roubo. Foi condenado apenas pelo último dos crimes.

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Hélio Filipe foi então condenado pelo único crime provado em tribunal com uma pena de prisão de dois anos e ao pagamento de 500 euros à vítima. A maioria dos restantes crimes que faziam parte da mesma acusação, que se referiam a situações distintas, caíram por falta de provas.