A União Europeia (UE) lançou um programa espacial que prevê o lançamento de 290 satélites para a órbita terrestre, para rivalizar com a Starlink, do homem mas rico do mundo, o norte-americano Elon Musk. É previsto um investimento total de 10 mil milhões de euros.

A nova “constelação de satélites” vai permitir o acesso à rede de internet, além de contribuir para missões de Defesa, vigilância de fronteiras e previsões meteorológicas.

O objetivo principal do projeto, denominado Iris 2, é garantir a cibersegurança de governos e exércitos do bloco europeu, num contexto de ameaças crescentes provenientes de países como China e Rússia. A UE, numa declaração citada pelo The Guardian, fala de “um passo significativo em direção à soberania e à conectividade segura da Europa”.

O Iris 2 é o terceiro programa de satélites da UE, depois do Galileu e do Copérnico e envolverá satélites que operam em órbita terrestre média e baixa.

De acordo com o mesmo jornal britânico, o programa vai concorrer com a rede Starlink, visto que poderá ser “sub-arrendado” para fins comerciais, tal como a rede lançada por Elon Musk, em 2019.

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O Reino Unido não integra o projeto. Um alto funcionário europeu, citado pelo The Guardian, esclareceu que a UE não recebeu “nenhum sinal ou manifestação de interesse”, por parte do Reino Unido, para participar. Depois do Brexit, Londres optou por lançar um satélite próprio, o Tyche. Para 2027, está previsto o lançamento do Juno.

Ainda assim, países que não integram a UE podem tornar-se “membros plenos” do programa Iris 2, desde que contribuam com financiamento.

Estão envolvidas as principais empresas da indústria espacial europeia, como a alemã Deusche Telekom, a francesa Thales Alenia Space, a italiana Telespazio e a Airbus Defence and Space.

As primeiras comunicações devem ocorrer em 2030.