O aviso parece estranho, mas na Bélgica foi emitido um alerta para que não se comam os pinheiros de Natal após as festas. As autoridades de segurança alimentar do país tomaram esta ação insólita após a cidade de Ghent, conhecida pelas suas políticas sustentáveis, publicitar um conjunto de conselhos sobre como reaproveitar melhor a decoração natalícia à mesa de jantar. Segundo o jornal britânico The Guardian, a cidade aconselhou os seus munícipes a fazer manteigas vegan aromatizadas com as agulhas dos pinheiros de Natal como forma de os reciclar e reaproveitar.

As autoridades belgas responderam advertindo categoricamente que as árvores não são comestíveis. “As árvores de Natal não devem fazer parte da cadeia alimentar, seja de seres humanos ou de animais”, disse a Agência Federal para a Segurança da Cadeia Alimentar belga (AFSCA) num comunicado citado pelo The Guardian. Muitos dos pinheiros vendidos são tratados com pesticidas, o que torna o seu consumo um risco, por vezes de vida.

A cidade de Ghent acabou por retirar apenas parcialmente as recomendações. O município passou a dizer somente que o aproveitamento gastronómico do pinheiro é uma tradição escandinava não incentivando diretamente os seus habitantes a comer árvores de Natal.

Apesar de as autoridades belgas desaconselharem o consumo do pinheiro natalício tanto por pessoas como por animais, no jardim zoológico de Berlim a situação é diferente. As árvores de Natal que não foram vendidas são oferecidas aos animais, sendo particularmente apreciadas pelos elefantes. Para a cidade de Berlim, é um modo de combater o desperdício e, de acordo com a Associated Press, os pinheiros naturais e livres dos pesticidas não acarretam riscos para o consumo por animais. 

Os pinheiros servem também como forma de manter os animais “entretidos”, disse o curador do Jardim Zoológico berlinense, Florian Sticks.

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