Pedro Santana Lopes vai ser recandidato à presidência da Câmara Municipal da Figueira da Foz nas próximas eleições autárquicas. O antigo primeiro-ministro concorrerá como independente e deverá contar com apoio do PSD.
A informação foi inicialmente avançada pelo Diário As Beiras e confirmada pelo Observador. Em declarações ao Público, na edição desta quinta-feira, Pedro Santana Lopes explica de viva voz as suas motivações. “Aproveitei a quadra natalícia para tentar chegar a uma conclusão. A que me satisfaz e que é importante para a Figueira é uma recandidatura. Não era elegante para com a minha ligação à Figueira deixar essa conversa prolongar-se.”
Esta recandidatura deita por terra a hipótese de vir a ser a candidato à Presidência da República (aspirações que o próprio chegou a alimentar) ou à Câmara Municipal de Sintra (o rumor de que poderia ser candidato pelo PSD à sucessão de Basílio Horta corria há muito).
Santana vem assim centrar novamente as suas atenções na Câmara da Figueira da Foz. Ele que chegou a fazer depender uma eventual candidatura às eleições presidenciais de sondagens mais positivas e que defendeu que, à exceção de Pedro Passos Coelho, era o que estava em melhores condições de derrotar Henrique Gouveia e Melo.
Durante as semanas e meses que alimentou o tabu sobre a corrida a Belém, Santana Lopes chegou a marcar presença no Congresso do PSD (partilhando as atenções com Luís Marques Mendes) e nas jornadas parlamentares do Chega para jurar que o seu coração era “laranja”, isto ao mesmo tempo que dava um sinal de abertura a outros eleitorados. Semanas depois, já em 2025, o recandidato à Figueira da Foz retirou-se formalmente da corrida à Presidência da República.