A Automobili Lamborghini comercializou globalmente, em 2024, 10.687 veículos, o que representa um novo recorde para o construtor, que cresceu 6% face ao ano anterior. O maior mercado continuou a ser a região EMEA (Europa, Médio Oriente e África), que absorveu 4227 veículos da marca, um valor superior em 6% face a 2023, com as Américas (norte e sul) a serem a segunda região a vender um maior número de veículos (3712 unidades, +7%), enquanto a Ásia-Pacífico cresceu apenas 3%, tendo-se aí transaccionado 2748 novos Lamborghini.

Revuelto é o novo Lamborghini V12 híbrido plug-in com 1015 cv

O CEO da marca, Stephan Winkelmann, caracterizou 2024 como um “ano de contínuo crescimento, em linha com os últimos exercícios”, tendo o construtor que dirige conseguido “equilibrar a oferta com a procura, mantendo a imagem da Lamborghini e mantendo a valorização dos modelos”. E esta performance acontece num período de grande mudança, em que o construtor italiano fundado por Ferruccio Lamborghini em 1963 está a abandonar a sua gama tradicional, suportada exclusivamente por modelos equipados com motores a combustão, trocando-os por unidades híbridas plug-in (PHEV) que conseguem, simultaneamente, incrementar a potência e a capacidade de aceleração, mas reduzindo o consumo e as emissões.

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Temerario sucede ao Huracán com mecânica PHEV de 920 cv

A Lamborghini não especificou o volume de vendas de cada modelo, mas é certo que o Urus continuou a ser o mais vendido, apesar de a marca limitar a produção (e as vendas) do SUV para não perder a imagem de construtor de superdesportivos. Isto esteve longe de ser uma tarefa fácil, uma vez que a introdução do motor PHEV tornou o SUV ainda mais apetecível, como prova o facto de as encomendas garantirem a produção até 2026.

Lamborghini Urus SE. Um PHEV com 800 cv e 60 km em modo EV

O ano passado foi também o ano de despedida do Huracán, modelo que vai ser substituído pelo Temerario em 2025, igualmente um PHEV. No topo da gama, o Revuelto assumiu já o espaço que até aqui pertenceu ao mítico Aventador, introduzindo as mecânicas PHEV neste segmento, que permitiram elevar a potência do V12 de 770 para 1015 cv. Este incremento explica o sucesso comercial do Revuelto no seu primeiro ano de vendas, em que o superdesportivo mais exuberante (e caro) da Lamborghini foi também aquele que registou o maior crescimento nas vendas, estando a produção completamente vendida até ao final de 2026.

Quer o Lamborghini eléctrico? Vai ter de esperar