Todos os filmes da Guerra das Estrelas começam da mesma maneira. Em letras amarelas, surge no ecrã a frase: “Há muito tempo, numa galáxia muito, muito distante…”. Mas, seis filmes depois, continuamos sem saber exatamente que galáxia era aquela. Ou onde ficava. E o que quer dizer “há muito tempo”.

Graças ao franchise da saga, sabe-se que esta galáxia “muito, muito distante” era composta por cerca de quatro mil milhões de estrelas, cinco a 20 milhões de espécies de seres-vivos e que media entre 100 e 120 mil anos-luz de diâmetro. Durante a sua história, foi governada pela República Galática, pelo Império Galático e, depois da morte do Imperador Palpatine, mestre de Darth Vader, pela Nova República.

O número total de planetas é difícil de contabilizar (o livro Star Wars: Essential Atlas, de Daniel Wallace, refere várias dezenas). Mas, através dos filmes, é possível conhecer alguns dos que a compunham, como Tatooine, lar de Luke Skywalker, ou Naboo, terra-natal de Padmé Amidala. Mas existiam muitos outros. Eis os mais importantes.

Cenários dos episódios IV, V e VI

É no sistema solar de Tatoo, no sector de Arkanis, que ficava um dos planetas mais importantes da saga de George Lucas: Tatooine. Habitado sobretudo por gente pobre, que vivia da agricultura e do ferro-velho, e por criminosos da pior espécie, o planeta desértico não tinha boa fama. Era muitas vezes apelidado da “sarjeta da galáxia”.

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Apesar da má reputação, o planeta desempenhou um papel muito importante nas duas trilogias da Guerra das Estrelas. Foi em Tatooine que Qui-Gon Jinn, mestre de Obi-Wan Kenobi, conheceu Anakin Skywalker, um jovem escravo que se viria a tornar seu aprendiz. Anakin vivia em Tatooine na companhia da mãe, Shmi Skywalker. O planeta tornou-se também no lar de Luke Skywalker, que ali viveu até à idade adulta, com os tios Owen e Beru.

A história de Alderaan não tem um final feliz. Planeta-natal de Bail Organa, pai-adotivo de Leia, Alderaan, o segundo planeta do sistema com o mesmo nome, era uma importante centro cultural, um lugar de grandes pensadores e artistas. Depois da Guerra dos Clones, retratadas em O Ataque dos Clones, o planeta proibiu o uso de qualquer tipo de arma, promovendo uma coexistência pacífica entre todos.

Apesar disso, Alderaan foi destruído pela (primeira) Estrela da Morte, devido ao envolvimento da Princesa Leia na luta contra o Império Galático.

Lembra-se das paisagens geladas de O Império Contra-Ataca, nas quais Luke Skywalker se acaba por perder? Saiba então que se trata de Hoth, um remoto planeta coberto apenas de gelo e neve. Era aí que estava situada a base dos rebeldes, que lutavam contra o império de Palpatine e Darth Vader. Este foi descoberto no episódio II, levando à sua destruição e à Batalha de Hoth, na qual morreram vários membros da oposição.

A lua de Endor, também conhecida como a “Floresta Lunar” ou o “Santuário Lunar”, era a terra dos ewoks, pequenas criaturas felpudas, semelhantes a ursinhos de peluche, que viviam no cimo das suas densas florestas. Apesar da sua aparência, os ewoks eram guerreiros ferozes. Tiveram um papel particularmente importante na Batalha de Endor, retratada no filme O Regresso de Jedi, na queda do Império e na morte do Imperador Palpatine.

[Clique nesta fotogaleria para ver os cenários dos episódios IV, V e VI]

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Cenários dos episódios I, II e III

Naboo, um dos cenários mais bonitos da segunda trilogia da Guerra das Estrelas, era um planeta no sector de Chommel que ficou conhecido por ser a terra-natal de figuras importantes para a história da República, como a senadora Padmé Amidala, o senador Palpatine e Jar Jar Bink, o primeiro gungan a ter um lugar no Senado Galático. O planeta era composto por grandes planícies verdejantes, pântanos e mares. Foi em Naboo que Padmé e Anakin Skywalker casaram em segredo, no episódio II da saga, O Ataque dos Clones.

Mustafar serviu de pano de fundo à batalha final entre Anakin Skywalker e Obi-Wan Kenobi, em A Vingança dos Sith, que marcou a passagem definitiva de Anakin para o lado negro da Força. Um pequeno planeta vulcânico do sistema com o mesmo nome, localizado entre o caminho Hydian e o Nono Quadrante, Mustafar albergou, ao longo dos anos, vários grupos de criminosos, como os “Black Sun”, e também os Sith. Foi aí que Darth Sidious (Palpatine), treino Darth Maul, um poderoso sith que surge no episódio I, A Ameaça Fantasma.

Kashyyyk, também conhecido como o “mundo dos wookiees”, é um planeta repleto de florestas de wroshtyr, árvores no cimo das quais vivem os wookiees. Kashyyyk era um dos planetas que faziam parte da República Galática. Porém, com o fim desta e o início do Império, o planeta e os seus ambientes foram escravizados. Mais tarde, com a queda de Palpatine, juntou-se à Nova República.

O wookiee mais conhecido é Chewbacca, o inseparável companheiro de Han Solo e co-piloto da Millenium Falcon. Yoda, que tinha boas relações com os wookiees, chegou a habitar o planeta por pouco tempo, depois de Palpatine se tornar imperador da Galáxia.

[Clique nesta fotogaleria para ver os cenários dos últimos três filmes da saga e também de Jakku, um dos planetas que surge no episódio VI]

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O único cenário conhecido do episódio VI

Para além de novas personagens, o novo filme da Guerra das Estrelas, Uma Nova Esperança, traz também novos cenários. Entre as poucas informações divulgadas, encontra-se o nome de um planeta remoto e, até então, desconhecido: Jakku.

Pelas descrições e imagens divulgadas, Jakku parece muito semelhante a Tatooine. Situado numa secção remota das “Western Reaches”, Jakku é essencialmente um planeta pobre, com algumas explorações mineiras e pistas de corridas, no norte do planeta. É o planeta-natal de Rey, uma jovem que vive da venda de peças de ferro-velho e que irá desempenhar um papel importante no novo episódio da saga.