A Ordem dos Enfermeiros (OE) anunciou a instauração de “um processo de averiguações ao envolvimento dos dois enfermeiros militares constituídos arguidos no Caso dos Comandos”.

A Ordem pretende “apurar se os atos praticados pelos enfermeiros militares são suscetíveis de integrar a prática de infração disciplinar“. No âmbito das averiguações a este caso, a ordem vai analisar as circunstâncias que levaram à morte de Hugo Abreu e Dylan Araújo da Silva, a 4 e 10 de outubro.

A Ordem quer saber o se passou efetivamente no dia 4 de setembro de 2016 no Campo de Tiro de Alcochete, assim como os motivos que terão levado os dois instruendos do 127º curso de comandos a necessitarem de socorro e em que contexto terá o mesmo sido feito”, refere o comunicado da Ordem dos Enfermeiros.

A RTP avançou esta terça-feira que dois enfermeiros seriam ouvidos na tarde desta terça-feira, no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, onde corre a investigação à morte dos dois recrutas. Os dois enfermeiros foram, entretanto, constituídos arguidos, suspeitos dos crimes de “omissão de auxílio” aos militares que revelaram mal-estar física no dia 4 de setembro, quando decorriam as primeiras horas do 127º curso de Comandos.

Dois dos militares assistidos acabaram por morrer. Outros nove precisaram de receber assistência médica, tendo estado internados durante vários dias.

Segundo adiantou esta terça-feira ao Observador fonte da Polícia Judiciária Militar, os dois enfermeiros estavam escalados para prestar “apoio à prova” em que participaram os militares que morreram no dia 4 de setembro. Estes dois elementos terão falhado na assistência que deviam prestar aos recrutas.

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