O Governo está a estudar a revisão de uma série de leis, entre as quais, a lei de combate ao terrorismo e uma eventual alteração ao Código Penal, por causa da ameaça do Estado Islâmico. Este trabalho está a ser feito, envolvendo o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna e o Ministério Público.

O Governo português, no entanto, já disse que está fora de questão fazer uma alteração legislativa no sentido de confiscar passaportes para impedir potenciais “jihadistas” de viajarem para países como o Iraque e a Síria, como já fez a França. A garantia foi dada pelo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, em setembro. Já esta semana o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, avisou que uma viagem à Síria “não é uma viagem de turismo”.

«É muito importante alertar os portugueses e as portuguesas de que este fenómeno, do grupo radical Estado Islâmico, não é uma brincadeira, é uma coisa muito séria, e não podem, de ânimo leve, fazer uma viagem à Síria e participar em operações, porque são operações de terrorismo, comandadas por assassinos que praticam crimes hediondos», declarou o governante português aos jornalistas, em Lisboa, esta semana.

Segundo o chefe da diplomacia portuguesa, «é muito importante que as pessoas percebam a gravidade desses eventuais atos e compreendam que passam a ser consideradas como terroristas».

Segundo o Diário de Notícias, uma versão preliminar das alterações legislativas propostas para combater o novo terrorismo do Estado Islâmico foi apresentada na semana passada aos dirigentes máximos de forças e serviços de segurança. Mas ainda há muitas dúvidas sobre como pode o Estado aferir o envolvimento de portugueses que aderem ao Estado Islâmico.

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De acordo com um relatório do Conselho de Segurança das Nações Unidas, 15 mil pessoas já deixaram os seus países para viajarem para a Síria para combater ao lado do Estado Islâmico.