O governo liderado por José Sócrates aprovou em 2009 o segundo Regime Extraordinário de Regularização Tributária (RERT) que o cidadão José Sócrates terá aproveitado para trazer dinheiro que estava fora de Portugal, pagando um imposto residual.

Segundo avança o Semanário Sol, o ex-primeiro-ministro teria 20 milhões de euros numa conta num banco suíço, a UBS, que estava em nome de amigo e quadro do grupo Lena, Carlos Santos Silva. Esse património terá sido transferido para Portugal, para uma conta do Banco Espírito Santo, tendo pago apenas um imposto de 5%, o que representa um milhão de euros, muito abaixo do imposto sobre rendimentos elevados que chega a 50%.

De acordo com a investigação judicial, José Sócrates terá já usado este mecanismo do perdão fiscal no primeiro mandato em 2005, tendo trazido para Portugal meio milhão de euros, que estavam também em nome de Carlos Silva. Ainda de acordo com o Sol e com a investigação publicada pela Sábado em julho, este empresário é amigo de longa data de José Sócrates.

A origem do património do ex-primeiro-ministro é o foco das investigações judiciais que levaram à detenção de José Sócrates na sexta-feira passada. Em causa estão suspeitas de crimes de evasão fiscal, branqueamento de capitais e corrupção. A casa que comprou em Paris logo depois de ter saído do governo, que disse ter sido alugada e financiada por um empréstimo da Caixa Geral de Depósitos, e as residências em nome da mãe, são alguns dos sinais conhecidos do património do antigo primeiro-ministro socialista.

 

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