O Papa Francisco estará esta terça-feira no Parlamento Europeu e esta instituição europeia prepara-se para o receber com segurança apertada. 26 anos depois de João Paulo II ali ter proferido um discurso sobre a divisão entre o Estado e a Igreja e a importância da Igreja Católica na construção dos valores europeus, espera-se que o Papa fale sobre imigração e o regresso dos nacionalismos e da extrema-direita ao continente.

O chefe de Estado do Vaticano acedeu ao convite do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, feito em dezembro do ano passado, e chegará ao edifício da instituição na cidade francesa de Estrasburgo pelas 10h30 (9h30 de Portugal). À sua espera tem um dispositivo de segurança reforçado, que criará um perímetro à volta do edifício e as entradas só serão autorizadas a funcionários e aos mais de 900 jornalistas esperados que tenham consigo identificação apropriada, disse fonte oficial do Parlamento Europeu ao Observador.

O Papa fará um discurso perante os 751 eurodeputados por volta das 11h15 e terá depois encontros com a Comissão Europeia e a presidência do Conselho Europeu, atualmente liderado por Itália, através do seu primeiro-ministro Matteo Renzi. Ao Observador, o eurodeputado do PSD Paulo Rangel diz que a visita do Papa a Estrasburgo vem dar “uma mensagem muito forte à Europa”. O eurodeputado diz que Francisco poderá falar sobre imigração – “um tema em que tem insistido muito” -, mas também sobre a “importância da unidade” e da “proteção social”. “O Papa surpreende sempre”, avisa o eurodeputado.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR