O voo QZ8501 não tinha autorização para no domingo, 28 de dezembro, fazer a ligação entre Surabaya, na Indonésia, e Singapura. O diretor dos transportes indonésios, Djoko Murjatmodjo, revelou este sábado que o avião da AirAsia não possuía licença para voar no horário — o avião, recorde-se, perdeu contacto com o controlo de tráfego aéreo às 7h24 portuguesas (14h24 indonésias). Também hoje foram recuperadas quatro “grandes partes” do avião, que ainda se encontra no fundo do mar de Java.

O dirigente, citado pela agência France-Presse, explicou que a companhia aérea “violou a rota” e “o horário permitidos”, antes de indicar a possibilidade de a licença para a AirAsia voar em espaço aéreo indonésia “poder ser revogada”. O governo do país, aliás, e enquanto decorrem as investigações, já suspendeu provisoriamente a licença que a transportadora detinha para voar entre Surabaya e Singapura.

O avião da AirAsia despenhou-se na madrugada de domingo no mar de Java, na indonésia, com 162 pessoas a bordo. Ao terceiro dia de buscar aéreas e marítimas, as autoridades detetaram o aparelho no fundo do mar, a cerca de 30 metros de profundidade e a 200 quilómetros de distância da ilha do Bornéu. Este sábado as autoridades retiraram duas “grande partes” do avião da água.

Bambang Soelistyo, chefe da agência nacional de busca e salvamento indonésia (BASARNAS), revelou que “a descoberta de uma mancha de petróleo e de duas partes grandes do avião”, antes de assegurar que “estas são as partes do avião da AirAsia” que as autoridades estavam “à procura”. Pouco depois das 14h, as autoridades indonésias revelaram ter encontrado outras duas partes da aeronave. As buscas, contudo, ainda não conseguiram localizar a caixa negra do avião.

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