A Jordânia vai executar, na próxima quarta-feira, a iraquiana Sajida al-Rishawi, uma mulher condenada à pena de morte devido ao seu envolvimento num ataque bombista em Amã, em 2005, e cuja libertação tinha sido exigida pelo Estado Islâmico em troca do refém japonês Kenji Goto. O anúncio surge horas depois de o EI ter divulgado um vídeo em que o piloto jordano Maaz al-Kassasbeh é, aparentemente, queimado vivo. A Jordânia já confirmou a morte de al-Kassasbeh e prometeu vingança.

Em janeiro, o Estado Islâmico divulgou mensagens em vídeo ameaçando o piloto de morte caso a Jordânia não libertasse Sajida al-Rishawi. O grupo chegou a dizer que libertaria o jornalista japonês Kenji Goto caso al-Rishawi fosse libertada. No sábado, o EI divulgou um vídeo em que, alegadamente, Goto é decapitado.

A autenticidade do vídeo em que Maaz al-Kassasbeh aparece dentro de uma jaula, engolido pelas chamas, ainda não foi confirmada, mas as forças armadas jordanas notificaram a família do piloto sobre a sua morte, e o Governo jordano confirmou.

O piloto jordano foi capturado pelo EI em dezembro de 2014, depois de o avião que pilotava ter caído perto de Raqqa, capital do auto-proclamado califado na Síria, durante um ataque.

Um agente dos serviços secretos da Jordânia disse à AFP, sob anonimato, que a execução de Sajida al-Rishawi decorrerá na madrugada de quarta-feira.

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