Dizendo não querer comentar a mais recente polémica em que o líder do PS se viu envolvido, Pedro Passos Coelho não deixou de a comentar: “Qualquer observador externo que não esteja envolvido na disputa político-partidária reconhece que Portugal não está como estava em 2011 numa situação de pré-rutura financeira e pré-bancarrota”.

O primeiro-ministro referia-se, assim, perante as perguntas dos jornalistas esta sexta-feira à margem de uma visita a uma empresa, em Lisboa, à declaração de António Costa de que hoje o país está melhor do que em 2011, durante as celebrações do Novo Ano Chinês na Póvoa de Varzim, a 19 de fevereiro.

“Eu sei que essa matéria tem sido objeto de alguma preocupação dentro do PS e não farei nenhuma observação que possa ser lida como procurando aproveitar ou intervir nesse debate que decorre dentro do PS”, começou por dizer Passos, acrescentando: “Qualquer observador independente não pode deixar de reconhecer que foi realizado um progresso assinalável nestes anos. É preciso também, e qualquer observador independente o dirá, prosseguir esse caminho, de modo a que a nossa situação, acumulada durante muitos anos, possa ser combatida de uma forma ainda mais eficaz”.

O secretário-geral do PS, António Costa, por seu lado, recusou esta sexta-feira voltar a falar das suas declarações perante investidores chineses, afirmando que está mais preocupado em conhecer os problemas do país e encontrar soluções.

«Sobre esse tema falámos ontem [quinta-feira] e para mim é um assunto encerrado e hoje estou aqui a falar sobre a valorização do território e a importância da agricultura», afirmou em Torres Vedras aos jornalistas António Costa, que recusou voltar a comentar a polémica e também a descida da taxa de desemprego em janeiro, por comparação com igual período de 2014.

 

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