O presidente do Eurogrupo disse esta sexta-feira que a discussão sobre o programa grego foi quente, que os ministros esperavam ter progressos nas negociações para tomar decisões depois do acordo de fevereiro, mas que ainda há muito por fazer e “grandes, grandes problemas para resolver”. O tempo escasseia, diz Jeroen Dijsselbloem, e é do interesse da Grécia conseguir um acordo.
A reunião terminou mais tarde do que o previsto, porque a Grécia voltou a ser discutida na parte final do encontro e a discussão não foi simpática. O próprio presidente do Eurogrupo confirmou isso mesmo na conferência de imprensa que se seguiu à reunião: “Foi uma discussão muito crítica. Chegámos a um acordo há dois meses e hoje esperávamos ter um resultado para podermos tomar decisões, mas ainda está muito por fazer”, disse Jeroen Dijsselbloem, questionado sobre o tom aceso das discussões sobre o tema.
O responsável holandês fez questão de sublinhar que ainda existem problemas grandes para resolver e que é preciso acelerar o passo para se chegar a um acordo. Se não se chegar a um acordo sobre a última revisão do programa, não se poderá começar a falar de mais apoio no futuro, garantiu. Jeroen Dijsselbloem fez questão ainda de dizer que não há qualquer possibilidade de haver um desembolso parcial da última tranche.
Segundo os responsáveis europeus, a responsabilidade e o interesse para se conseguir um acordo no Eurogrupo e fechar um acordo sobre o programa grego está em primeiro lugar e é, principalmente, do interesse da Grécia. “Conseguir um acordo é em primeiro lugar, e principalmente, do interesse da Grécia”, afirmou o responsável na conferência de imprensa que se seguiu à reunião informal dos ministros das Finanças da zona euro, que decorreu esta sexta-feira em Riga, na Letónia.
Sobre as negociações, Jeroen Dijsselbloem diz que tiveram lugar “discussões intensas” entre as autoridades gregas e as instituições, mas que ainda existem “grandes divergências” entre as partes, que têm de ser reduzidas para se conseguir chegar ao acordo abrangente que tem de ser alcançado para que a revisão seja concluída com sucesso.
No final, a mensagem é a mesma dos restantes colegas: “Estamos todos conscientes que o tempo se está a esgotar” para conseguir um acordo, disse o responsável, porque, sublinha, “perdeu-se muito tempo” nas últimas semanas.