O líder do Partido Democrático Republicano (PDR), Marinho e Pinto, afirmou acreditar que “as cenas que lamentavelmente aconteceram” no último Congresso do partido não se repetirão na eleição de hoje do Conselho Nacional, que “está a correr normalmente”.

Questionado pelos jornalistas, Marinho e Pinto recusou ter contratado seguranças para estarem na eleição do Conselho Nacional, que decorre este sábado até cerca das 17:00, em Lisboa, afirmando que o ato “está melhor organizado e está tudo a correr normalmente, como decorre qualquer eleição com pessoas civilizadas”.

“Acreditamos que não vai haver as cenas que lamentavelmente aconteceram a 24 de maio no Fórum Lisboa”, declarou aos jornalistas, num espaço num piso térreo na estrada da Luz, em Lisboa, onde decorre o Congresso destinado exclusivamente a eleger os conselheiros nacionais.

No dia 24 de maio foi adiada a eleição do Conselho Nacional por “falta de condições para garantir um ato eleitoral isento”, de acordo com a posição do partido expressa num comunicado, e que vários jornais descreveram como tendo terminado num clima de grande confusão e tensão entre filiados.

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Às eleições ao Conselho Nacional concorrem três listas, sendo que uma, a lista C, era encabeçada pelo antigo militante do PS Eurico Figueiredo, que, entretanto desistiu, tendo acusado Marinho e Pinto, numa carta noticiada pelo Observador, de ser um “falso profeta” que está a transformar o PDR de “partido ‘caudilhista’ em partido fascista”.

“O dr. Eurico Figueiredo faz acusações muito graves há mais de meio ano a outros membros que se sentam ao lado dele na comissão organizadora. Esse tipo de acusações define-o mais a ele do que a mim”, respondeu Marinho e Pinto.

Na eleição ao Conselho Nacional, e de acordo com as listas disponibilizadas aos jornalistas pela assessoria de imprensa do PDR, concorrem a lista A, afeta a Marinho e Pinto, encabeçada por Sérgio Passos, a lista B, encabeçada por José de Almeida, e a lista C, em que ainda figura como primeiro nome Eurico Figueiredo, a que se seguem os nomes de Maria Ivone Oliveira e Francisco Monteiro.

“Houve pessoas que desistiram da lista C, encabeçada pelo dr. Eurico Figueiredo, outras estão aí, inclusivamente na mesa, em nome da lista C”, afirmou Marinho e Pinto.

Segundo o líder do PDR, “a desistência de alguns membros da lista C foi apresentada quando já estava encerrado o processo de admissão de listas, já tinham sido aceites e, inclusivamente, já estava a decorrer o próprio ato eleitoral, porque começou a decorrer por correspondência na segunda-feira passada”.

“O voto direto não é necessariamente um voto presencial. O voto direto pode ser um voto por correspondência. Não há votos por procuração, isso sim, seria um voto indireto. Há votos diretos que podem ser exercidos presencial ou através de correspondência, mas que garante quer a proveniência quer a legitimidade do votante. Portanto, tudo está a decorrer normalmente”, afirmou.