É uma viagem que já vai com cinco mil milhões de quilómetros. A sonda New Horizons não vai parar no último planeta do sistema solar, mas vai dar o tom para uma celebração. Com esta passagem por Plutão, descoberto ainda nem há 85 anos, ficam devidamente mapeados os planetas diretamente vizinhos da terra. Fica feito o mapeamento das suas fascinantes características geológicas e ficam também as fotos de alta resolução para a posteridade. Esta sonda vai dar a conhecer a composição da superfície, da atmosfera e pormenores sobre a origem desta massa planetária. E é irrelevante que se considere Plutão um planeta-anão ou um planeta de direito próprio, como foi ensinado na escola durante anos. O que importa é que a primeira era da exploração espacial dos planetas do sistema solar, começada há mais de cinquenta anos, está feita.

Tudo começou quando a Mariner 2 passou por Venus em 1962, aproximando o nosso olhar da superfície do vizinho mais próximo. Vai culminar agora com a exploração de Plutão e das suas cinco luas, um feito científico que está a ser tratado com pompa e que poderá ser acompanhado no direto possível – as imagens demoram mais de quatro horas a chegar à terra. Mas a NASA não se poupou a esforços e, pelo site e pelas redes sociais da organização vai ser possível acompanhar os pormenores da ação científica. Ao mesmo tempo, para promover a missão e antecipar algumas imagens, a agência espacial norte-americana criou este vídeo que vale definitivamente a pena ver:

E não é por acaso que na véspera da passagem da sonda por Plutão tenham sido anunciados planos para a criação de uma aldeia na Lua e também novas descobertas sobre a superfície de Marte. Isto ocorre porque, apesar da efeméride que se celebra, a exploração espacial ainda agora começou. Todo o conhecimento está aí, à disposição das capacidades do ser humano.

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