Continua a tensão entre Israel e Gaza, com mais uma noite de ataques aéreos e lançamento de rockets de parte a parte. O último balanço é de 90 palestinianos mortos e mais de 600 feridos – a maior parte civis. Perante o cenário, o presidente norte-americano Barack Obama já se ofereceu para mediar as negociações de cessar-fogo para travar a escalada de violência, numa altura em que os principais líderes mundiais estão concertados em impedir um novo conflito israelo-palestiniano.
De acordo com o Washington Post, Obama telefonou na quinta-feira ao primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, onde terá manifestado o seu apoio a Israel contra aquilo que diz ser uma ofensiva do Hamas na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que terá pedido para ambas as partes se concentrarem na segurança dos seus cidadãos e procurarem restaurar a calma na região. A Casa Branca dispôs-se assim a “ajudar no cessar das hostilidades” na mesma linha do que aconteceu em 2012.
Ontem, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, já tinha pedido contenção, alertando para o risco de uma “guerra em larga escala”. Nenhum dos lados, no entanto, mostrou receptividade em parar os bombardeamentos. “Gaza está no fio da navalha”, afirmou Ban Ki-Moon. “O risco de expansão da violência é ainda mais real. Gaza, e a região como um todo, não pode permitir outra guerra em larga escala”, disse numa reunião de emergência do Conselho de Segurança.
Antes de mais uma noite de bombardeamentos, Netanyahu afirmou que a operação estava a correr como planeado, alegando que já se tinha traduzido na morte de “dezenas de terroristas”, e que não ficava por aqui. Segundo Israel, militantes do Hamas dispararam cerca de 500 rockets de Gaza em direção ao território israelita desde terça-feira, altura em que o confronto se agudizou e Israel lançou uma operação de “protecção”, mas que a maior parte foi interceptada pelo sistema anti-míssil “cúpula de ferro”. Na direção oposta, Israel diz ter atingido cerca de 780 alvos nesse período.
O último balanço aponta para 90 mortes de palestinianos, de acordo com a BBC, incluindo dezenas de civis.