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Leonardo Cendamo

Leonardo Cendamo

Ayelet Gundar-Goshen: "Serei uma mãe diferente porque sou israelita?"

Em "Onde o Lobo Espreita", um drama psicológico sobre uma família judia na América transforma-se num thriller. Em entrevista, Ayelet Gundar-Goshen diz-nos que medos criaram uma ficção tão realista.

É como Adão e Eva, no Jardim do Éden, no momento em que se cobrem. Cobrem-se de Deus, o seu próprio criador. E cobrir-se faz parte de amadurecer, de ganhar camadas, de ganhar invisibilidades. É sobre este momento que fala o novo livro da israelita Ayelet Gundar-Goshen, Onde o Lobo Espreita (ed. Elsinore), em que uma mãe se apercebe de que não conhece o filho, adolescente. E a dúvida convoca o receio: o receio de que o perigo do mal não esteja fora de portas, mas dentro de casa.

Israelitas, Lilakh, o marido Mikhael e o filho Adam vivem confortavelmente junto a Silicon Valley, até que um ataque a uma sinagoga e a morte de um jovem na escola de Adam conduzem a uma série de acontecimentos que precipitam este drama psicológico num thriller. Muitas questões são colocadas sobre a maternidade e sobre o peso de ser-se israelita. As manifestações recentes dos israelitas contra a aprovação da mudança na Constituição que retira os poderes de independência ao Tribunal Constitucional levou a autora dos anteriores Despertar os Leões e Só uma Noite, Markovitch a escrever, “a quente”, uma crónica para a revista norte-americana Time, em que referia: “Corremos para a rua de pijama, as crianças pelas mãos. Corremos para a rua como se a nossa casa estivesse a arder, porque sabíamos que a nossa casa estava mesmo a arder. A nossa democracia foi incendiada pelo nosso primeiro-ministro.”

Nesta entrevista, falamos com a escritora sobre figuras literárias que juramos serem espelhos da realidade, sobre o efeito da cultura (e da política) norte-americana além dos Estados Unidos e sobre os dilemas que atravessam Israel.

"Onde o Lobo Espreita", de Ayelet Gundar-Goshen (Edição: Elsinore)

Como é que construiu a personagem central do livro, a mãe?
Esta personagem é baseada nos meus últimos anos enquanto mãe. O meu maior receio enquanto mãe é que crie um filho – eu penso que conheço esta criança porque ela saiu do meu corpo, criei-a com todo o meu coração – e descubra que não conheça o filho que criei. Talvez a criança tenha algo que eu não queria ter lá posto, que talvez seja culpa minha. Baseia-se, portanto, no maior receio de um progenitor, que é: quanto é que conheço verdadeiramente o meu próprio filho e quanto quero realmente conhecê-lo. Qual é o meu papel enquanto progenitor, proteger o meu filho do mundo exterior, do mal que existe lá fora? Ou será que o meu papel é proteger o mundo do meu próprio filho? Que o mal não está lá fora, está dentro da minha casa?

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O mal – o medo – é como uma linha narrativa a conduzir o livro.
Concordo muito consigo. É interessante apercebermo-nos de quanto medo temos entre nós, enquanto seres humanos. Temos medo dos nossos vizinhos, temos medo enquanto mulheres, de andar na rua à noite, temos medo sempre que entramos num sítio novo. É algo que nos molda e nos controla. Até mesmo a nível biológico. A maioria da agressividade no mundo não é feita por pessoas que são pura maldade. Talvez a maioria da agressividade no mundo seja feita por pessoas que têm medo das outras pessoas. Nesta família [do livro], pensa-se primeiro que o mal anda lá fora, e que pode magoar o seu próprio filho. Mais tarde, começa-se a recear que o mal não está lá fora, o mal está dentro de casa. Talvez nem sempre nos apercebamos da agressividade que temos porque colocamos sempre a culpa nos outros. Acho que é o cerne do romance.

Esta mãe ser tão protetora, com receio de que o mal possa estar a bater à porta a qualquer momento, tem a ver com o facto de ela ser judia – e israelita?
O que realmente me surpreendeu foi que, quando escrevi este romance, pensei que fosse uma experiência muito judaica. Por causa do nosso passado coletivo, temos este sentido coletivo de vitimização devido ao Holocausto. Muitos judeus a serem as vítimas. Achava que era apenas uma coisa de mãe judia. Serei uma mãe diferente porque sou israelita? Cresci em Telaviv. Nos anos 80 e 90, lembro-me de ir no autocarro e haver sempre a possibilidade de o autocarro explodir. Era normal. A maioria das mães não cresceu com esta experiência. Por um lado, é uma noção muito israelita e judaica. Mas, por outro, quando o livro saiu e comecei a fazer digressão com ele, e conheci mães na Alemanha, em Itália, no Brasil ou na Holanda, apercebi-me de que o sentimento de proteção de uma mãe para com um filho face ao que quer que seja que está lá fora não é especificamente judaico. Talvez o básico em ser uma mãe seja ter a vida de alguém no seu corpo e nas suas mãos, ser responsável por essa pessoa. Então, olhamos sempre à volta de forma suspeita, à procura de potenciais perigos. Acho que é algo universal na maternidade.

"Cada uma de nós tem dentro de si própria uma mulher nova e uma mulher antiga. Acho que somos chauvinistas, mesmo as mais feministas. Todas temos um lado chauvinista dentro, porque crescemos numa cultura chauvinista. Este é o leite que bebemos. Está dentro do nosso corpo como veneno, mas está lá."

Essas mesmas mães que lhe responderam assim ter-lhe-iam respondido da mesma maneira há 20 ou 30 anos, em que o mundo não estava a ser regido pelo medo como está hoje?
Esta é a era do medo. As pessoas usam o medo para manipular, mesmo a nível político. O medo é um combustível muito poderoso. Motiva as pessoas, consegue-se controlar as pessoas através do medo. Os políticos são mestres a controlar o medo. Muitos dos políticos que conheço prefeririam controlar com medo do que com esperança, porque o medo é um combustível muito mais poderoso do que a esperança. Quando escrevi o livro, pensei: “Envias um miúdo para a escola. Ele sai da casa ou do carro e desaparece dentro da escola. Não sabes nada sobre o que se passa no seu coração, na sua mente. Este medo está para lá da política. Tem a ver a com situação básica de ter uma criança e perceber que ela se separa de ti, que ela tem a sua própria vida e tu és apenas um visitante”.

Perguntar como correu a escola e ele dizer “bem”, quando na verdade anda a ser vítima de bullying.
Ele esconde isso ativamente. Ele cresceu dentro do corpo da mãe e, de repente, é um estranho. Ele é como Adão e Eva no Jardim do Éden, no momento em que eles se cobrem. Eles cobrem-se do seu próprio criador. Cobrir-se faz parte de amadurecer. É o momento em que uma criança deixa de ser uma criança e passa a ser uma pessoa. É o momento em que começa a cobrir-se.

Esta é uma mulher que, apesar de contemporânea, de ter tido uma carreira académica, acha natural o marido poder ter um caso com a secretária só porque sim, porque pode. Como é que uma mulher nova e uma antiga se combinam numa só pessoa?
Cada uma de nós tem dentro de si própria uma mulher nova e uma mulher antiga. Acho que somos chauvinistas, mesmo as mais feministas. Todas temos um lado chauvinista dentro, porque crescemos numa cultura chauvinista. Este é o leite que bebemos. Está dentro do nosso corpo como veneno, mas está lá. Acho muito interessante… vejo-me como feminista, mas há momentos em que percebo “ah, esta é a chauvinista dentro de mim a falar, agora”. Queria dar à minha personagem esta ambiguidade, não há uma cisão clara. Mesmo que quiséssemos um corte claro, esta não era a maneira de sermos. Seria como quereríamos ser, mas não é o que somos. Acho que toda a mulher tem um lado chauvinista dentro dela assim como toda a pessoa branca tem um lado racista dentro dela. Não é algo de que tenha orgulho, mas falar sobre isso ou reconhecer que existe ajuda. Outra coisa acerca de Lilakh é: ela diz “OK, ele tem um caso” e logo a seguir sente-se no direito de fazer o mesmo. Mais tarde, percebemos que não é assim tão nítido que o marido tenha tido um caso. Penso que por vezes nos retratamos como vítimas para nos sentirmos no direito de fazer o que quer que seja que queiramos fazer. Esta é apenas uma narrativa, não é necessariamente a verdade. Isto faz-me lembrar muita gente, incluindo eu mesma. Ponho tanto esforço em retratar-me como vítima e depois sinto que posso fazer o que quiser, junto da minha família, amigos ou parceiro.

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Telavive e São Francisco, as duas cidades que moldam a história do livro de Ayelet Gundar-Goshen (e a história da autora também)

AFP via Getty Images

Já fez várias residências artísticas nos Estados Unidos, que a ajudaram a retratar melhor o que é uma israelita a viver fora de Israel.
Os Estados Unidos e Israel são dois planetas completamente diferentes. Pensava que conhecia a América, porque crescemos todos em Israel como se estivéssemos a crescer nos EUA. Víamos televisão norte-americana, filmes norte-americanos, ouvíamos música norte-americana. Para muitos israelitas hoje, o sonho derradeiro é viver o sonho americano. Não sei como será em Portugal, mas é o caso em Israel. Para mim foi mesmo interessante, porque temos este desejo de viver o sonho americano, mas o que é que acontece na verdade quando o sonho se concretiza? E sabemos que, por vezes, quando o sonho se realiza, há esta cisão entre o sonho e a realidade. É fascinante, por causa das diferenças culturais. Em hebraico, não há uma palavra para “tact” [tacto]. É uma palavra inglesa, é também alemã. “To be tactful” [ter tacto] significa falar das coisas de forma delicada. É uma palavra muito importante na América. Em Israel, não existe. Não temos o conceito de ser delicados e educados. Não temos uma expressão para “small talk” [conversa de circunstância].  É uma coisa boa, aperfeiçoar o domínio da conversa de circunstância. Não temos esta palavra em hebraico, não temos este conceito. Os israelitas são muito diretos, até mal educados. Nunca falamos sobre o tempo. Conhecemos alguém e, passados dois minutos, essa pessoa pergunta quanto ganhamos por mês. E respondemos. Ou perguntam em quem votámos. Nos Estados Unidos, nunca perguntam em quem votámos. Ou perguntam: “Tens filhos? Queres ter filhos? Por que é que não tens filhos?” A cultura israelita é muito direta. Nos Estados Unidos é tudo menos direto. Para mim, foi um choque cultural, para ser honesta. Até a maneira como usam as palavras, como “amazing” [incrível].

No livro, fala muito sobre o uso de “amazing”.
Tinha acabado de chegar e já me estavam a dizer que os meus filhos eram “amazing” [incríveis], que o meu livro era “amazing”. Era tudo tão “amazing” em duas semanas, que me achei a mulher mais “amazing” do mundo. Eles não acham que os meus filhos sejam incríveis, que o livro seja incrível. Foi um choque perceber que a mesma palavra pode ser usada de forma tão diferente em dois sítios diferentes.

Isso torna os norte-americanos mais artificiais? Como são as relações?
Eles sabem quando estão a fazer bluff. Mas na qualidade de estrangeira… Quando eles dizem “vou ligar-te”, eles já sabem que não o farão. Em Israel, se dizem que vão ligar, significa que vão ligar mesmo. É o mesmo com “interesting” [interessante]. “É uma ideia interessante.” “Interesting” nos Estados Unidos é mau. Se dizem “hum… interesting”, significa que não gostam assim tanto. É como tentar dançar uma música em que estamos sempre fora da batida. Para mim, foi muito confuso. Sentia-me sempre uma forasteira. Até que vi as pessoas pobres da América. E percebi que faço bem mais parte do sonho americano do que estas pessoas que nasceram e foram criadas na América. Elas não têm nada a ver com o sonho americano. As outras pessoas que vinham para Silicon Valley para residências ou para férias estão bem mais próximas do sonho americano do que elas. Esta coisa das classes foi muito chocante.

Sentiu-se mais aceite do que esses norte-americanos pobres.
Sim, infelizmente. Não é possível sair do metro de São Francisco porque o chão está literalmente coberto com pessoas em situação de sem-abrigo. Não é possível arranjar um lugar onde colocar os pés. Vi tantos filmes passados em São Francisco e nunca vi estas pessoas.

Lembra-se de alguns, que a tenham marcado?
“Vertigo”, do Hitchcock. “Chinatown” [de Roman Polanski]. Gosto muito do cinema norte-americano. Mas a diferença entre cinema e a vida é inacreditável.

Não se pode comparar Israel com os E.U.A. porque é muito pequeno. Quando saio [vive em Telavive] e vou até ao mar, o mar é infinito. Se for ao deserto israelita, ao Mar Morto, sente-se a sua vastidão. Sente-se que é um país muito pequeno. Toda a gente conhece toda a gente. Ninguém se perde. Já na América, conseguimos perder-nos com facilidade.

No documentário “Shoah” [de 1985, do francês Claude Lanzmann], fala-se da dificuldade dos caças israelitas em fazerem a manobra de viragem quando fazem a patrulha do espaço aéreo do país por este ser tão estreito. Sente-se enclausurada, enquanto israelita?
Quando estou em Israel não sinto essa estreiteza do país, apesar de ser geograficamente muito estreito. E não se pode comparar com os E.U.A. porque é muito pequeno. Quando saio [vive em Telavive] e vou até ao mar, o mar é infinito. Se for ao deserto israelita, ao Mar Morto, sente-se a sua vastidão. Sente-se que é um país muito pequeno. Toda a gente conhece toda a gente. Ninguém se perde. Já na América, conseguimos perder-nos com facilidade.

No livro, Lilakh vai de carro para todo o lado. A vida passa-se dentro de casa e dentro do carro.
É a vida suburbana. Quem vive no centro de Nova Iorque, ou no centro de São Francisco como eu vivi, não tem carro porque vive no centro. Quem é suburbana, vive dentro do carro o tempo todo. É como se estivéssemos empacotados em pequenas caixas.

Ao longo do livro, estamos perante um drama psicológico e, de repente, entramos num thriller. Como é que conseguiu fazer esta proeza? Foi intencional?
Eu sabia que queria escrever sobre uma mulher que se pergunta se conhece realmente o filho. Primeiro, sabia que tinha uma camada psicológica, um drama psicológico. Sabia também que, num outro nível, queria discutir a ideia da identidade: o quanto queremos fazer parte de uma nacionalidade, ou se queremos distanciar-nos de coisas como nacionalidade e estados e tentar assimilar algo maior. Algo maior como o capitalismo, viver o sonho americano, uma vida de consumo. Não é algo necessariamente melhor do que o nacionalismo. E, depois, soube que queria construir o romance como um thriller, como um cavalo de troia. Normalmente, leva-se um cavalo de troia para dentro de portas. E dentro de um cavalo de troia podemos pôr o que quisermos. Desta forma, as pessoas levam a coisa mais facilmente e aí pode discutir-se os tópicos sérios que estão subjacentes. Sabia que havia um cadáver. Não era uma pergunta genérica de uma mãe a questionar-se o quanto conhece o próprio filho. Esta pergunta psicológica tornou-se uma pergunta-thriller, quando se manifesta num cadáver e num homicídio mistério. Penso que o thriller é importante porque é um registo da pergunta mais profunda. A mãe é uma detetive, o que é emocionante, mas, a nível psicológico, toda a mãe é um pouco uma detetive. Toda a mãe olha para o seu filho como um mistério que está a tentar resolver.

Sabe sempre como vai acabar?
Não decido a resposta até ao fim. Mas sei a pergunta com que me estou a debater. Para mim, neste livro, a questão não era se o filho tinha cometido o crime ou não. A questão era acerca dela e de como decidiria ser mãe: se o protegeria de tudo ou se se asseguraria de que ele seria uma boa pessoa, mesmo que isso implicasse denunciá-lo se ele tivesse cometido um homicídio. O que é que a ocupa mais: criar um filho que se sente bem com ele próprio ou criar um filho que não é uma boa pessoa? Essa foi a minha pergunta principal. Tomei a decisão de como acabaria durante o meu debate com esta pergunta.

"A melhor maneira de sentir-se parte de algo é excluir outro de fazer parte. É assim que os grupos se formam. Somos três e excluímos o quarto. Não ser o quarto é o que nos define aos três"

A sua preocupação era a de criar uma boa pessoa?
Hoje apenas queremos criar um filho que seja feliz. Não me parece que as pessoas andem muito preocupadas com a questão de “será que estou a criar uma boa pessoa?”. Acho que a maioria das pessoas está preocupada com “estarei a criar uma pessoa que se sente bem consigo própria?”.

Em Israel todos os jovens, rapazes e raparigas, fazem serviço militar. Esta mãe queria evitar que o filho tivesse este contacto com a violência física.
Ela quer salvar o filho do militarismo israelita. Ela não quer que o filho faça parte do conflito israelo-palestiniano. Quer educá-lo num lugar que seja livre de conflito. Mas começa gradualmente a recear que o tenha salvado de um tipo de conflito e o tenha exposto a um outro tipo de conflito: o de ser um outsider, de ser um judeu. Em Israel, eu sou judia e todos são judeus. Eu não sou a outra. Mas, nos Estados Unidos, ele é o outro.

Ele acaba por se juntar a um grupo que treina com um ex-Mossad.
Sim, mas a principal questão é: a melhor maneira de sentir-se parte de algo é excluir outro de fazer parte. É assim que os grupos se formam. Somos três e excluímos o quarto. Não ser o quarto é o que nos define aos três. O facto de os outros rapazes serem muçulmanos define a sua identidade judaica. Ela receia que a necessidade do filho em pertencer a algo levá-lo-á a fazer coisas terríveis.

Porque é que nos é tão difícil aceitar o outro, o diferente, e manter a nossa identidade?
Porque a identidade é baseada no “eu” e no “não-eu”. Identidade por definição significa que ser diferente de outra pessoa, porque se formos iguais não teremos identidades separadas. Definimos a nossa identidade a rejeitar outro tipo de identidade. Ser adolescente tem uma faceta ardilosa: significa que, para nos tornarmos algo, temos de nos revoltar contra algo. Este algo pode ser os pais, pode ser o outro grupo.

Por falar em identidade, é inevitável falar sobre as manifestações que têm estado a ocorrer em Israel, contra a nova legislação que pretende retirar a autonomia ao Tribunal Constitucional. O que pensa sobre isto?
Tenho uma opinião muito forte sobre isso. Manisfesto-me semanalmente. Penso que é a batalha mais importante que temos agora. É uma batalha sobre a democracia. Contra um governo que está a tentar arruinar a nossa democracia. É um momento crucial em Israel, em que o povo tem de se erguer contra poderes anti-democráticos.

Acredita que conseguirão impedir a lei?
Espero bem que sim. Tenho três miúdos para criar. Temos de fazê-lo por eles.

E o que aprendeu, enquanto mãe, ao escrever este livro?
Penso que me ensinou a ser um pouco mais humilde acerca daquilo que sei e daquilo que sou capaz.

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