T-shirt preta descontraída, os habituais fios ao pescoço, óculos a fazer contraste com os cabelos que hoje são menos e todos brancos, aquela caneca de café extra large ao estilo americano como muleta para a conversa de 45 minutos com jornalistas de variados países via Skype. John McEnroe, aquele John McEnroe que se amava ou odiava enquanto um dos melhores jogadores de ténis num contexto à parte daquilo que é hoje a modalidade, tornou-se alguém que soma elogios, diminui os alvos, multiplica-se em elogios de quem gosta e divide eras no desporto. É empático, direto. Joga com as palavras para ganhar, nunca perde aqueles traços que o deixaram como uma das maiores figuras das últimas décadas. E se dúvidas existissem, a forma como respondeu à necessidade de Casper Ruud ser mais agressivo e aguerrido para ganhar mostrou tudo.
“Bem, o Casper parece-me ser uma pessoa bem mais simpática do que eu mas o Rafa ou o Roger, há alguém que não goste desses rapazes? Olha para o Roger, deve ser considerado uma das melhores pessoas de sempre. Só porque és boa pessoa não quer dizer que não possas ganhar, não precisas de ser como eu ou como o Connors, sempre a reclamar, sempre a parecer chateado com tudo. Não acredito que tenha de ser pior para ganhar mais, nada disso”, atirou sobre o norueguês que ganhou o Estoril Open de 2023 mas que nem por isso deixou de evitar uma montanha-russa de resultados entre o bom e o mau ao longo da época após ter fechado o último ano com uma derrota na final do US Open com Carlos Alcaraz que lhe podia ter valido uma inédita ascensão ao topo do ranking mundial do ATP vindo de um país sem tradição no ténis.
Não houve aquela expressão que o notabilizou e viria dar nome à sua autobiografia, “You cannot be serious“, mas soou quase como tal. Aos 64 anos que não parece ter, fala de si como alguém “que está bem com a vida”. A conversa não tocou no ponto em que está a sua relação com a guitarra, um mundo onde quis entrar quando deixou a carreira do ténis (em singulares, a de pares continuou mais de uma década) e que acabou por ficar para sempre, ou não fosse casado com a escritora e intérprete Patty Smyth – a pessoa que um dia disse ser o lado explosivo da relação ao contrário de si, a parte mais calma –, mas falar do melhor que o ténis tem é música para os seus ouvidos, ainda para mais umas horas depois de ter assistido a uma final do Masters de Cincinnati entre Novak Djokovic e Carlos Alcaraz que descreve como “a melhor a três sets” que já viu.
Da conta dos 77 + 77 que mais ninguém fez à música com o professor Eric Clapton
McEnroe é um mundo em si só que tem por base um enorme carisma mas apresenta como inevitável alicerce alguns dos maiores registos de sempre do ténis mundial (daqueles que achava que nunca seriam batidos até haver um conjunto de Três Mosqueteiros com Roger Federer, Rafa Nadal e Novak Djokovic que reescreveram a história da modalidade). Alguns exemplos: foi o único jogador a liderar o ranking mundial de singulares e pares ao mesmo tempo, é um dos dois que conseguiu liderar ambas as hierarquias em alturas diferentes (um apontamento para chamar outro grande nome da modalidade que também o fez, Stefan Edberg), tem ainda hoje o melhor registo de sempre num ano com 82 vitórias e apenas três derrotas e ganhou tantos títulos a jogar sozinho do que em dupla, 77 cada. Ainda assim, e dentro de um jogador genial com uma esquerda que todos temiam, tornou-se um ícone por ser bem mais do que um tenista dentro e fora dos courts.
Nascido na antiga RFA, neto de emigrantes irlandeses e filho de um membro da Força Aérea dos EUA (John Patrick McEnroe chegou mesmo a dizer em termos públicos que o filho norte-americano tinha sido feito na Bélgica e nascido na Alemanha), John McEnroe, que tem dois irmãos mais novos – Patrick, o mais novo, foi também jogador de ténis – radicou-se nos EUA com nove meses numa altura em que o pai foi recolocado numa base em Nova Iorque, que se tornaria a “sua” cidade antes de passar a viver nas imediações do local que recebe o último Grand Slam da temporada. Começou a jogar com apenas oito anos no Douglaston Club e passou no ano seguinte para a Eastern Lawn Tennis Association, que funcionou como rampa de lançamento para uma carreira que poucos conseguiriam adivinhar ser possível para aquele miúdo rebelde.
Ainda hoje há um jogo que não esquece, quando no seu melhor ano de sempre começou a final de Roland Garros a vencer de forma clara Ivan Lendl mas acabou por ceder continuando sem um único título ganho no Major francês, mas guarda sobretudo outros motivos para recordar no baú das memórias: sete Grands Slams entre quatro US Open e três Wimbledon em singulares, mais nove títulos em Majors nos pares, mais de 140 títulos do circuito ATP nas duas variantes. Os outros que tiveram o privilégio de um dia vê-lo jogar ainda se lembram de mais “títulos”, neste caso as suspensões, os castigos e as advertências pelo mau comportamento nos courts entre dezenas e dezenas de raquetes partidas e frases que não mais saíram da memória. O “You cannot be serious” era inevitável mas aquele “Answer my question! The question, jerk!” que soltou para o árbitro antes de partir uma raquete num torneio em Estocolmo e que lhe valeu 21 dias de castigo.
“John McEnroe: O Domínio da Perfeição”: explicar o génio e o mau génio de um campeão
Mas McEnroe, que protagonizou com Björn Borg uma das maiores rivalidades de sempre (e que valeu um documentário pela diferença de personalidades e estilos entre ambos entre uma amizade que perdura até aos dias de hoje), era mais do que um tenista. Homem de causas, sempre teve uma causa própria além do ténis chamada música e mal terminou a primeira carreira, arriscou a segunda: aprendeu a tocar guitarra com amigos onde se incluíam Eric Clapton, começou a escrever, tocar e interpretar na banda The Johnny Smyth Band e chegou a ouvir de Lars Ulrich, carismático baterista dos Metallica, que tinha um jeito natural. Em 1997, a mulher, Patty Smyth, “cortou-lhe” as vasas em relação às digressões que já fazia há dois anos. “Só um de nós para andar fora a cantar e tocar e não vais ser tu”, atirou a compositora, música e cantora.
Pode ter sido assim mas nem por isso John McEnroe perdeu a paixão pela guitarra, pela arte e pelo ténis, tendo uma dupla missão não só de trabalhar para que os mais novos tenham cada vez mais acesso ao ténis como de comentar Grand Slams para o Eurosport. Foi nessa condição que falou com jornalistas de vários países incluindo Portugal, recordando os tempos de jogador e os duelos com Björn Borg à boleia de uma questão do Observador sobre a final do US Open de 1981, que acabou com a terceira vitória consecutiva no torneio (foi o único norte-americano a conseguir essa série) e o último duelo contra o jogador sueco.
“Claro que tenho saudades dos tempos em que jogava, fazer parte do jogo era uma coisa fantástica e ter um rival como o Björn Borg era fantástico. Jogámos duas finais seguidas de Wimbledon, duas finais seguidas do US Open e de repente ele deixou de jogar… Foi devastador de certa forma, para mim e para o desporto. Foi difícil mas tenho grandes memórias das rivalidades. Essa foi a maior para mim mas também houve com o [Jimmy] Connors, com o [Ivan] Lendl e mais algumas que tive… Sentes sempre a falta mas tive a sorte de poder continuar ligado ao jogo de outra forma. A minha vida está num sítio bom, tenho sorte. Não posso estar a pensar ‘Quem me dera continuar a jogar’ mas claro que quando vejo uma final como a de Cincinnati que dura quase quatro horas, que foi dos melhores jogos que já vi… Tu gostas de ser falado, quando diziam ‘Aquele jogo entre o McEnroe e o Borg’, mas é assim…”, comentou John McEnroe.
Borg, McEnroe e a improvável amizade entre opostos que voltam agora a ser rivais
“Tive uma sorte no US Open, é um torneio em Nova Iorque e eu cresci em Nova Iorque. De certa forma tinha vantagens e desvantagens porque ficava na minha casa, no meu apartamento e não tinha de viajar sendo o último Major no final de uma época longa mas também tinha mais amigos, mais família e mais pessoas à espera que conseguisse algo, trazia mais pressão também porque conhecia muita gente. Há uma energia própria no US Open a que tens de habituar-te, uns conseguem e outros demoram um pouco mais. Quando conseguem perceber essa energia numa cidade como Nova Iorque podem ir longe. O Alcaraz é de Espanha e vê aquilo que conseguiu criar no ano passado no US Open”, explicou ainda sobre o principal torneio dos EUA, sem grande esperança que, pelo menos para já, um norte-americano possa chegar à final.
“É possível mas não provável… Temos agora dois jogadores no top 10, o [Taylor] Fritz e o [Frances] Tiafoe, o Tiafoe até fez um grande US Open no ano passado apesar de agora não estar na melhor fase mas poder dar a volta, ainda há o Tommy Paul que conseguiu ir às meias-finais do Open da Austrália este ano… As coisas estranhas também podem acontecer mas nesta altura não tenho dúvidas, para chegar a uma final é o Novak [Djokovic] e o [Carlos] Alcaraz e se não forem eles a seguir vêm o [Daniil] Medvedev e o [Jannik] Sinner. É assim, não há como dar a volta, percebendo que estão a trabalhar para chegar a esse patamar. Quando o Ben Shelton apareceu, achei que poderia ser ele o próximo mas não conseguiu dar continuidade após a Austrália e ainda temos o [Sebastian] Korda. Agora não mas nos próximos anos algum irá chegar lá”, referiu a propósito de um “jejum” que dura há 16 anos, quando Federer bateu Andy Roddick.
E enquanto de Israel e da Turquia se questionava para quando uma viagem ao país, de Portugal, onde fez exibições no Estoril com Lendl, Connors e Yannick Noah num filão iniciado por Björn Borg em 1982 e onde foi vencedor por mais do que uma vez do Vale de Lobo Grand Champions, no Algarve, a última pergunta foi a propósito de Nuno Borges, português que não entrou mais cedo no circuito ATP por opção para terminar o curso que estava a frequentar na Universidade de Mississipi e que no ano passado passou uma ronda no US Open. “Desculpa, sei quem é, sei que ganhou no ano passado ao Ben Shelton mas não não conheço assim tão bem o jogo dele, não te consigo ajudar muito sobre ele… Mas diz-lhe que peço desculpa por isso, vou começar a estar mais atento também a ele”, assegurou o norte-americano de 64 anos.
Os elogios a Djokovic e Alcaraz e o “isto é de loucos” para falar dos registos no ténis
Ainda assim, a maior parte da conversa centrou-se em dois fenómenos que continuam a marcar o ano de 2023. Um marcou a última década e meia e é o recordista de Grand Slams (entre um sem número de marcas entretanto alcançadas), regressando agora aos EUA após várias ausências em torneios do país por não estar vacinado contra a Covid-19. Outro promete marcar a próxima década e meia e há quem assuma mesmo que pode bater esse recorde de Grand Slams, voltando agora ao US Open onde ganhou o seu primeiro Major após conquistar este ano Wimbledon. Ambos cruzaram-se na recente final do Masters de Cincinnati, um dos jogos a três sets mais longos, emocionantes e de resultado imprevisível com o triunfo a cair para o lado de Novak Djokovic frente a Carlos Alcaraz apenas no tie break do último parcial entre bolas de jogo perdidas.
Djokovic vence Alcaraz na final do Masters 1.000 de Cincinnati
“Favorito entre eles? Se tivesse um moeda, atirava e via se saía cara ou coroa. É um jogo de 50-50. Há um grande respeito entre eles, o que é bom até pela diferença de idades. O Novak aguentou-se muito bem perante um miúdo que apareceu e tentou ficar no terreno dele mas o Alcaraz é fantástico. Ainda bem para ele, precisamos de mais como ele. O jogo em Cincinnati foi dos melhores ou o melhor jogo a três sets que vi mesmo com tanto calor, foi um privilégio poder assistir ao encontro. Não acho que a forma como acabou com a vitória do Novak vá afetar um futuro reencontro. O jogo em Wimbledon resolveu o problema que o Alcaraz tinha depois de Roland Garros, onde congelou. O Novak logo na entrevista após o jogo disse que esperava poder jogar contra ele outra vez nas próximas semanas”, frisou o norte-americano.
“Tentar perceber até quando o Novak [Djokovic] vai continuar assim é aquela pergunta para a qual ninguém tem a resposta. Esteve fantástico em Cincinnati mesmo estando muito calor. Mesmo com problemas perante esse calor, que foram visíveis, ele conseguiu dar a volta e conseguiu ganhar. Se continuar assim são mais três ou quatro anos, é algo sem precedentes. Eu joguei até aos 46? Não, não, não… Eu joguei pares até aos 46, o que é muito diferente de jogar em singulares… Acabei quando estava para fazer 34 anos, talvez porque não tenha encontrado a fórmula que ele encontrou. É fantástico tudo aquilo que ele tem feito. O que diria se me dissessem há uns anos que um jogador da Sérvia ia ganhar 23 Grand Slams? Dizia que não podiam estar a falar a sério, era isso que teria de dizer…”, elogiou sobre o jogador sérvio de 36 anos.
“O que o Alcaraz fez no último ano e meio, dois anos é incrível. Colocou-se numa posição em que de certa forma se fala dele como se fala do Novak, do Roger ou do Rafa. Aos 19 ou 20 anos é fantástico o quão bom já consegue ser, da mesma forma como é fantástico o Novak ainda ser como é aos 36 anos. Para mim, apesar de nos EUA todos quererem que seja essa a final até porque o Novak só agora voltou em Cincinnati depois de dois anos de ausência, o que é uma grande história. Poder ver um dos melhores de todos os tempos contra a grande super estrela era incrível, adorava poder ver isso. Todos os jogos que fizeram foram muito equilibrados e esperemos que continue assim”, referiu sobre o jogador espanhol de 20 anos.
Como não poderia deixar de ser, a expressão G.O.A.T. voltou a ser tema de conversa, com toques de algum politicamente correto na resposta para “fintar” uma única resposta. “Se tivesse de dizer agora, é complicado decidir. Normalmente respondo sempre da mesma forma: o Roger foi o melhor na relva, o Rafa foi o melhor na terra batida, o Novak foi o melhor em piso rápido. Mas depois quando começamos a ver, o Novak ganhou ao Roger em duas grandes finais em Wimbledon com match points pelo meio… E agora também começamos a olhar e a pensar que o Alcaraz pode ganhar 20 ou 25 Grand Slams… Nunca pensei nem nos meus melhores sonhos que estaria aqui a falar com vocês sobre três jogadores que tinham 20 ou mais Majors, é uma coisa de loucos. Não sei o que se pode pensar daqui a 20 anos mas acho que o Alcaraz e outros que podem aparecer e tentar chegar a esses recordes. Djokovic chegar ao recorde de Majors de Margaret Court? Não acho que seja importante esse registo em específico. Por exemplo, ele já bateu o número de Grand Slams do Roger e do Rafa, que achava ser uma coisa impossível…”, comentou.
Até onde pode ir o ténis no futuro – que não a Arábia Saudita, uma viragem a evitar
Antes de abordar o quadro feminino, John McEnroe falou também da trajetória de Casper Ruud depois da final perdida do ano passado no US Open. “Acredito que tem sido uma montanha-russa que começou com aqueles torneios de exibição que se calhar não permitiu tanto descanso antes da Austrália. Ganhou um torneio mais pequeno em Portugal mas não jogou assim tão bem esta época. Parece-me melhor em termos físicos, mais preparado para jogos que tenham cinco sets. Fez um erro em não apostar mais em Wimbledon, apesar de poder estar cansado. A seguir ainda foi fazer uns torneios de terra batida e só depois passou para o piso rápido. É imprevisível, tanto pode perder nas rondas iniciais como ir longe… Não me parece que o problema seja o treinador, já chegou a três finais do Grand Slam. Está a tentar melhorar o seu jogo, a ser mais agressivo e a subir no seu jogo de rede. Se recuarmos uns anos e dissessem que ia a três finais do Grand Slam, número 2 do mundo e ganhar uns 250, ele aceitava”, salientou sobre o norueguês.
Sobre Iga Swiatek, a número 1 do mundo e vencedora em título do quadro feminino, McEnroe admite que “é muito complicado manter uma certa hegemonia”. “Aconteceu agora no masculino com três jogadores fora do comum como o Novak, o Roger e o Rafa mas não acontece. A Iga fez um bom trabalho, conseguiu mostrar que também sabe ganhar em piso rápido mas as expetativas também vão aumentar, tal como a pressão. Ela faz um bom trabalho, é número 1 e também por isso ganhar-lhe é um triunfo grande. A Coco [Gauff] ganhou agora pela primeira vez um set contra ela. A [Aryna] Sabalenka está mais confiante do que nunca mas é algo imprevisível perceber o que se pode passar, também depende do torneio”, acrescentou, antes de defender a 100% os wild cards oferecidos pela organização a Venus Williams e Caroline Wozniacki.
“Não acho que isso seja olhar mais para a parte do espectáculo do que para a vertente desportiva, embora o ténis precise de espectáculo. A Venus foi uma das melhores jogadoras de sempre e se aos 43 anos ainda quer jogar, claro que devemos dar um wild card porque é um exemplo fantástico de alguém que com aquela idade ainda ama o seu desporto mesmo não estando a ganhar tanto como acontecia. A Caroline a mesma coisa, gosto muito dela, tem dois miúdos, é mais uma grande história porque foi número 1 do mundo e vai voltar por gostar do jogo e de competir. Claro que há mais jogadoras jovens para entrar mas o nosso desporto precisa de qualidade e de entretenimento. Mas os mais novos também estão aí. Toda a gente achava que era impossível haver como o Novak, o Roger e o Rafa mas de repente aparece um miúdo como o Alcaraz e ficamos a pensar ‘Uau, existe'”, salientou o antigo tenista norte-americano a esse propósito.
Por fim, e numa questão que não tinha previsto responder mas à qual não se esquivou, John McEnroe deu a sua opinião sobre a possibilidade de o Next Gen poder ser realizado na Arábia Saudita e não se coibiu de deixar críticas à possibilidade. “Perguntas sobre o investimento da Arábia Saudita é entrar num domínio de política… Respondo de duas maneiras. Por um lado, quando se diz por exemplo que o golfe se vendeu a esses países, o que dizer de todas as marcas e companhias que fazem negócios com eles e estão na Arábia? Não se fala depois disso, o foco é todo nos atletas, o que acho que é injusto. Por outro lado, a minha opinião pessoal: não acho que nos devêssemos sequer aproximar disso. É uma visão que tenho. O ténis não precisa de ir para a Arábia Saudita nem necessita de ter o Next Gen na Arábia Saudita. Há muitas coisas a acontecer no mundo e que devem fazer com que pensemos tudo com cuidado antes desses passos”, concluiu.