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"Com Trump na Casa Branca cada dia é uma aventura", diz congressista luso-descendente Jim Costa

Jim Costa é um dos três congressistas luso-descendentes nos EUA. Quando, em 2012, ouviu as televisões referirem-se a Portugal (e outros países em crise na Europa) como PIIGS, levou a coisa "a peito".

Jim Costa, neto de açorianos que emigraram para os EUA no início do século passado, só veio a Portugal pela primeira vez quando tinha 19 anos. Mas, como vários da sua geração (e da geração dos seus pais), cresceu a ouvir histórias sobre o “Velho País” e conhecia, em primeira mão, a “extraordinária ética profissional e capacidade de trabalho” que era associada aos emigrantes portugueses. Foi por isso que, em 2012, quando nas televisões se falava sobre os P.I.I.G.S., sigla que soa igual ao inglês para “porcos (os países europeus em crise), Jim Costa levou aquilo “a peito”.

Em entrevista ao Observador, feita em inglês, durante uma visita a Lisboa a convite da FLAD (a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento), o congressista de 65 anos fala sobre a família e sobre como é viver na América governada por Trump (nunca “a América de Trump” — porque “as administrações vão e vêm, e tenho dito a toda a gente para ‘manter a fé'”). Mesmo sendo um otimista, Jim Costa reconhece que “com Trump na Casa Branca cada dia é uma aventura”, relata o congressista democrata.

Jim Costa é um dos três luso-descendentes que fazem parte do Congresso dos EUA. Antes de mais, fale-me um pouco sobre a história da família e de como chegaram ao país.
Mi avô, mi avó and mi pai” vieram da Ilha Terceira. A história deles é semelhante à de tantos outros imigrantes vindos de Portugal e, em especial, dos Açores. As dificuldades eram muitas mas lembro-me de ouvir os meus avós dizerem que quando chegaram aos Estados Unidos parecia que as ruas estavam pavimentadas com ouro. Não literalmente, claro, mas a oportunidade que eles viram era dessa natureza. Os emigrantes portugueses, e os açorianos neste caso, tinham em comum uma ética profissional extraordinária. No que diz respeito à minha família… nos Açores as principais atividades eram a pesca e os lacticínios, e a minha família não sabia pescar, portanto…

A família foi diretamente para a Califórnia, assim que chegou aos EUA?
Sim, basicamente. Aos 15 anos o meu avô conseguiu uma oportunidade para ir num navio para a América, onde tinha um irmão que estava lá a mugir vacas. Infelizmente, nessa altura, não conseguia ir ao Google ver como é que aquilo era por lá. Contou-me que não conseguiu olhar a mãe dele nos olhos quando lhe disse que tinha conseguido essa passagem. A esperança dele era ganhar algum dinheiro e voltar dali a 10 anos, por exemplo. Mas é claro que a vasta maioria dos açorianos que foram para a América nunca mais voltou. E o meu avô nunca mais na vida viu a sua mãe e o seu pai. A verdade é que quando, em 1904, os meus avós maternos desceram do comboio na estação de Hanford nunca imaginariam que o seu neto estaria, 100 anos depois, a anunciar a sua candidatura ao Congresso dos Estados Unidos. E anunciei essa candidatura nessa mesma estação de comboio, de propósito, para enviar uma mensagem.

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Que mensagem era essa?
Que os EUA, com todos os nossos desafios e problemas, passados e presentes, continuam a ser um país incrível, cheio de oportunidades para aqueles que estão dispostos a tentar fazer a diferença.

Chegou a vir aos Açores, ou a Portugal, quando era jovem?
A primeira vez que vim aos Açores tinha 19 anos.

Ainda eram vivos, os seus avós?
Uma avô minha ainda estava viva. A minha família juntou-se a outros amigos, também imigrantes, e fizemos uma viagem aos Açores, finalmente, depois de termos crescido a ouvir histórias sobre o “Velho País”. Não só eu mas também os meus pais. Foi em 1971 que viemos cá a primeira vez, ainda antes do 25 de abril. Depois voltei em 1981, outra vez no final da década de 80 e, depois, várias vezes nos anos 90, e pude acompanhar as mudanças, que aconteceram a um ritmo extraordinário, sobretudo com a entrada na União Europeia.

O país, como um todo, passou por dificuldades, incluindo recentemente, com a crise da dívida.
Sim. Estar aqui e ver a recuperação que houve, nos últimos quatro anos, é impressionante, depois de não se saber se Portugal seguiria ou não o caminho da Grécia.

Quando estava nos EUA a ouvir as notícias e, a certa altura, Portugal estava em destaque nas notícias, não pelas melhores razões. Como é que se sentiu?
Preocupado. Primeiro porque sou um apaixonado pela democracia e gosto de ver governos democráticos a reagirem a crises de forma bem sucedida. Além disso, odiei a sigla que foi usada para descrever Portugal e os outros países…

Os P.I.I.G.S… (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, parecido com pigs, ou porcos).
Odiei. Levei aquilo a peito. Era um acrónimo despropositado, porque a imagem que tenho do povo português — da sua capacidade e do seu desejo de fazer a diferença — não correspondia àquela imagem que era passada de povos que apenas queriam aproveitar-se dos outros.

PIIGS? "Levei aquilo a peito. Era um acrónimo despropositado, porque a imagem que tenho do povo português -- da sua capacidade e do seu desejo de fazer a diferença -- não correspondia àquela imagem que era passada de povos que apenas queriam aproveitar-se dos outros."

Acha que já se conseguiu sacudir esse rótulo?
Antes desta vez, estive cá em agosto. E tive apenas um compromisso de trabalho, uma reunião com responsáveis políticos daqui — no resto do tempo consegui ser um turista normal. Com um amigo, passei três dias maravilhosos no Porto e três dias em Lisboa — e fico satisfeito porque aquilo que está nos dados também é visível nas ruas: a recuperação da economia, o turismo, os investimentos.

Investimentos, também, vindos dos EUA?
O facto de Portugal ter tido já dois governos diferentes a manter o rumo, nunca falhando com o pagamento da dívida, é muito importante para que haja investimento em Portugal. O mérito é dos responsáveis políticos e da população, que atravessou um período de austeridade que não era fácil mas era necessário. Portugal tornou-se uma luz brilhante numa Europa que, de um modo geral, os investidores estão a ver com melhores olhos, confiantes de que a Europa está a conseguir sair da recessão. E a administração anterior [de Barack Obama] esforçou-se muito para fortalecer os laços comerciais entre os EUA, através da TTIP (o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento).

Fala em fortalecer laços entre a Europa e os EUA mas depois ouvimos Angela Merkel, após um encontro com Donald Trump, a dizer que a Europa tem de “reavaliar” os termos da parceria entre a Europa e os EUA…
Certo… É frustrante ouvir isso. É dececionante, sendo eu alguém que se considera um atlanticista acérrimo, que sempre trabalhou para melhorar e expandir as relações entre a União Europeia e os EUA. Mas temos de nos lembrar que isto não é novo. Alguns de nós lembram-se de ouvir o antigo vice-presidente [de George W. Bush] Dick Cheney falar sobre a “Velha Europa”.

Trump não traz nada de novo, então, a esse nível?
A diferença em relação a Trump é que, com esta administração, parece haver uma compreensão insuficiente dos laços históricos entre os EUA e a Europa, sobretudo depois da Segunda Grande Guerra, e a importância que essa aliança tem, no que diz respeito aos valores que partilhamos, a começar pelos Direitos Humanos, e a prosperidade que há muito ajudamos a criar de um lado e do outro. Numa reunião com Merkel, no ano passado, Trump queixava-se dos fabricantes de automóveis alemães, mas o maior exportador de carros feitos na América é a BMW, que faz carros na Carolina do Sul. Mas, para Trump, isto são factos que não importam ou que ele não toma o tempo necessário para perceber — nunca sei muito bem qual é que é a explicação, em cada momento.

Mas não passa de retórica ou a Europa tem, mesmo, de reavaliar a relação com os EUA?
Estive em Bruxelas recentemente e tive uma reunião de três horas e meia sobre essa questão, com deputados europeus e representantes das principais empresas. E a minha mensagem para eles foi: “mantenham a fé”. As administrações vão e vêm, como eles sabem, e não é só a eles que esta administração deixa perplexos, com a sua falta de políticas consistentes. Eu sou um congressista democrata mas acredito que muitos colegas republicanos também ficam perplexos, alguns nem sequer se querem candidatar a novo mandato [nas próximas eleições interinas] sob este presidente, que tomou de assalto o partido republicano.

Porque não sob este presidente?
Repare que assuntos que sempre foram importantes para a ortodoxia do partido republicano, como o livre comércio, estão a ser completamente desprezados. Além disso, dizemos que querermos ter melhores relações com a Rússia e a China… tudo bem, mas temos de lembrar que historicamente a Rússia tem sido um adversário, tal como a China. Ainda que tenham sido feitos esforços importantes e positivos, na década de 90, para melhorar as relações, temos de continuar a ter isso em mente. E o que estamos a ver é a agressividade pela Federação Russa, desde há vários anos, a tentar explorar e aproveitar-se das divisões que existem dentro dos países e, dessa forma, enfraquecer a União Europeia e, claro, a NATO. Isso passa por influência nas eleições, financiamento de partidos divisionistas, esquemas com bots cibernéticos, etc.

"Assuntos que sempre foram importantes para o partido republicano, como o livre comércio, estão a ser completamente desprezados. Além disso, dizemos que querermos ter melhores relações com a Rússia e a China... certo, mas temos de lembrar que historicamente a Rússia tem sido um adversário"

E vão ter Vladimir Putin na Casa Branca em breve, por sinal…
Talvez.

Porquê talvez? Foi convidado, certo?
De acordo com as notícias, foi num telefonema. É assim este presidente: quando tweeta alguma coisa, ou faz um comentário, depois no dia seguinte volta atrás e faz de conta que nada aconteceu. A consistência e a verdade não são valores importantes para esta administração. Com Trump na Casa Branca, cada dia é uma aventura. Só porque uma coisa é dita, um dia, não quer dizer que aquilo terá sequência. Dito de outra forma: nunca se sabe o que ele vai dizer e, pior: porque as palavras não importam, para ele, nunca se sabe que consequência real é que as palavras vão ter. Ninguém consegue prever o que vai acontecer, portanto veremos se há ou não encontro com Putin — mas é um facto que devemos ver com preocupação com a agressividade que tem vindo a ser demonstrada pela Rússia, desde a questão com a Crimeia, para tentar minar as democracias ocidentais.

Se houver o tal encontro, na Casa Branca, o que acha que vai sair dali?
Lembre-se que Putin fez uma coisa que nunca tinha sido feita: mandou envenenar um ex-espião britânico, um cidadão britânico (e a filha), em solo britânico, no Reino Unido. Fiquei agradado por ver uma resposta unificada entre os aliados em relação à Rússia — foi bom ver, porque desde que tomou posse esta administração tem havido uma política inconsistente em relação à Rússia. E a incapacidade deste presidente de dizer uma palavra mais dura a respeito de Putin leva muita gente a acreditar que pode existir ali um problema que um dia verá a luz do dia. É desconcertante a admiração que Trump parece ter por este tipo de líderes autocráticos como Putin ou Erdogan, ou outros, como Duterte nas Filipinas…

Mas a popularidade de Trump parece estar a subir, de novo, depois de ter estado muito baixa.
Melhorou um pouco, mas 42% ainda é um nível baixo. Ainda assim, os números melhoraram nos últimos tempos, porque ele parece estar a ser menos volátil e há coisas que diz que têm muita aceitação junto da sua base eleitoral. Se as sondagens continuarem a subir mais seis meses, então a sua pergunta faz um pouco mais sentido, mas para já… Há muitas coisas que ele diz que limitam a sua aceitação além daquilo que é a sua base [de eleitores], como mandar o exército para guardar a fronteira com o México, ou gastar 25 mil milhões de dólares a construir um muro…

Esse muro algum dia vai ser construído?
Eu não acredito. Onde temos de melhorar a nossa segurança de fronteiras é atacando diretamente as atividades problemáticas como o tráfico de drogas e o esclavagismo sexual. E isso faz-se em cooperação com o México, não é de outra forma. Faz-se com tecnologia, com investigação policial, com drones — não é com um muro. Sabe como é que chegam aos EUA 48% dos imigrantes que estão ilegalmente no país, sabe como é que chegaram ao país?

Como?
Com um bilhete de avião. Um bilhete de avião e um visto de turista de duas semanas, após as quais desaparecem do radar e tornam-se imigrantes ilegais. Não é um muro que vai acabar com isso.

"A incapacidade deste presidente de dizer uma palavra mais dura a respeito de Putin leva muita gente a acreditar que pode existir ali um problema que um dia verá a luz do dia. É desconcertante a admiração que Trump parece ter por este tipo de líderes autocráticos como Putin ou Erdogan, ou outros, como Duterte nas Filipinas..."

Outro tema que está no ordem do dia são as taxas alfandegárias. E o Jim deverá ter uma opinião sobre isso, porque está próximo dos agricultores…
Eu próprio sou agricultor, tenho cultivo.

Certo. Mas, então, que impacto é que estas taxas podem ter não só as aplicadas ao exterior mas, também, as medidas que outros países podem tomar em resposta? Pode haver uma guerra comercial?
Eu tenho esse receio, que possa haver uma guerra comercial. E ninguém ganha com uma guerra comercial, porque numa economia globalizada toda a gente tem algo que os outros querem, toda a gente tem poder negocial. A administração Trump quer convencer-nos de que isto vai forçar os outros países a aceitarem sentar-se à mesa e renegociar alguns desequilíbrios que existem. Veremos se é mesmo assim. O risco é que isto leve a uma guerra comercial total, como já aconteceu: duraria dois ou três anos e, na minha opinião, não deixaria de prejudicar a economia norte-americana e outras economias mundiais.

Quem é Jim Costa?

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Jim Costa é um dos três luso-descendentes que fazem hoje parte do Congresso dos EUA, além de David Valadao e Devin Nunes. Os pais herdaram o negócio de laticínios montado pelo avô de Jim Costa, que aos 15 anos (em 1904) conseguiu uma passagem para os EUA, onde já estava um irmão a trabalhar nessa indústria. Os pais envolveram-se, também, na política local e essa aptidão passou para Jim, que em jovem foi para Washington fazer um estágio e acabaria por ser eleito para a Câmara dos Representantes da Califórnia, aos 25 anos. Em 2004 candidatou-se e chegou ao Congresso federal, anunciando a candidatura na mesma estação de comboios em que os avós desceram, pela primeira vez, 100 anos antes.

Qual seria a melhor forma de resolver esses desequilíbrios, que existem, como disse?
A melhor abordagem nestes casos era aquela que estava a ser seguida até esta administração chegar à Casa Branca, que era a TPP [a Parceria Trans-Pacífico, cuja assinatura foi retirada por Trump], e que iria juntar países como os EUA, o Canadá, a Austrália e o Japão e iria funcionar como um contrapeso em relação às práticas comerciais injustas por parte da China. Subir umas tarifas aqui e ali não vai ajudar — a menos que realmente isto leve a que daqui a seis meses toda a gente se sente para procurar uma nova abordagem. Não vou prever o futuro, mas acho que a TPP teria sido o melhor porque aqueles 11 países (eram 12 antes de os EUA saírem) estão a seguir em frente com medidas importantes.

Não gosta de tentar prever o futuro, mas… Outro tema a que se tem dedicado nos últimos anos é a questão das armas de fogo. Depois dos tiroteios escolares recentes, houve muitas manifestações, acha que algo vai mudar a este respeito?
A segurança em relação às armas de fogo é um desafio com que vivemos no meu país há muito tempo. Temos uma emenda constitucional que protege esse direito e há muita gente que defende o direito das pessoas em ter uma arma para sua segurança, ou para desporto ou caça ou outras atividades das quais os chamados “entusiastas das armas” retiram prazer. Mas os tiroteios têm-se sucedido, mais do que em outros locais, incluindo na Europa. E acredito que para tentar melhorar o problema bastaria exigir a quem tem armas a mesma responsabilidade que se exige a quem quer comprar um carro.

É mais fácil conseguir uma arma do que um carro?
Podemos argumentar isso, sim. Ajudaria muito se se endurecessem os exames e as análises de historial, para ter uma licença, se fosse obrigatório um seguro, proibição a pessoas com problemas mentais etc. Um pouco de bom senso ajudaria muito.

Mas perguntava-lhe se acha que as coisas vão mesmo mudar.
Acredito que podem mudar — mas o grau de mudança que existirá é mais difícil de antecipar. É possível que algo mude, com estes miúdos a organizarem manifestações. Na minha opinião, a maioria dos americanos já concorda com maior controlo, mas é preciso este tipo de tomadas de posição para convencer os políticos de que é preciso mudar alguma coisa. E a mudança pode vir de baixo, do poder local, antes de chegar às leis federais. Nos EUA é, muitas vezes, assim que acontece.

Não acha que estes jovens deviam, como dizia o ex-senador republicano Rick Santorum, “aprender primeiros-socorros“, em vez de marchar em manifestações?
Não compreendo como se pode assumir uma posição como essa, de que é inevitável que algo [mais tiroteios] vai acontecer e que a solução passa por medidas de socorro. Quer dizer… com o poder de fogo que este jovem transportava consigo, na escola… não me parece que técnicas de reanimação fossem ajudar muito as 17 pessoas que ele matou. É trágico. E fazer essa sugestão a alunos que viram os seus colegas serem baleados, ao seu lado, revela uma grande falta de bom senso, como dizia a minha mãe.

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