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– Você gosta de bacalhau, Tiago? Hoje comi um bacalhau à lagareiro. Mas não é o meu favorito, não…

Ao fim de entrevistas e mais entrevistas, de uma tarde inteira de volta de microfones e perguntas (e respostas, claro) repetidas vezes sem conta, Djavan resolve começar a última delas, a mais demorada de todas, a falar de gastronomia, sorridente e disponível. Depois de um gole de água, recosta-se na cadeira e atira: “Vamos lá, então!”

E conversou-se sobre tudo, demoradamente – “me desculpa, mas às vezes me alongo demais nas respostas” –, da infância pobre sobre a mesa em Maceió, uma infância rica musicalmente também na Maceió onde foi nado e criado. Djavan fez-se músico por causa da mãe e de um certo Dr. Ismar, “que tinha uma discoteca”. Chegou a pensar ser futebolista à séria, “e até levava jeito”, mas um violão que descobriu por acaso finto-o para fora dos relvados. Maceió e o nordeste tornaram-se pequenos demais para “o cara” que começou por fazer covers dos Beatles. Dali, seguiu para o Rio de Janeiro onde era apenas um “entre milhões” como ele: músico, talentoso, mas ainda por descobrir e sem dinheiro no bolso.

Alguém repararia em Djavan. E este gravaria um disco. Seguiram-se, até hoje, até ao mais recente (e autobiográfico) “Vidas p’ra contar”, outros vinte e dois. Mas nem só de música se conversa nesta entrevista de vida. Djavan aborda também a infância dos três filhos mais velhos, uma infância que quase perdeu por viver “correndo de um lado para o outro” com a música atrás — ou atrás da música. Mas fala também dos filhos mais “garotinhos”, com quem hoje vai “para a farra”.

Por último, o Brasil político. Para Djavan, apesar de tudo, apesar da turbulência, este será no futuro um país “mais justo”. E com música. Pois garante aos 67 anos que nunca deixará de o ser: músico. “Aposentar-me? Nem pensar! Não sinto nostalgia do passado; o que sinto é curiosidade do futuro.”

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Infância em Maceió: a mãe “profundamente musical”, a discoteca do Dr. Ismar e o violão caído na aula de química

Vamos começar pela razão que o traz de volta a Portugal: o álbum “Vidas p’ra contar”. É um disco mais autobiográfico e onde fala, por exemplo, pela primeira vez da sua mãe. A canção chama-se “Dona Horizonte”. Foi ela a primeira pessoa a perceber que o Djavan poderia ser músico?
Foi ela. Ela é que vislumbrou que eu tinha vocação para a música. Teria eu cinco, seis anos de idade. A minha mãe era profundamente musical. Quando cada um dos três filhos nasceu, ela compôs uma canção diferente para cada um deles. Ela cantava muito bem. E dançava. Tenho memória de ela juntar um grupo de amigas para cantar músicas folclóricas. E cantavam também os êxitos da época: Ângela Maria, Nelson Gonçalves, Luiz Gonzaga. Foi ela que me apresentou muito do reportório que ainda hoje ouço.

O Djavan perdeu o pai quando tinha apenas três anos. Foi a sua mãe, negra, nordestina, lavadeira de profissão, quem o criou a si, a dois irmãos e a dois primos. E muitas vezes ela deixou de comer para que nada vos faltasse. Foi uma infância com pobreza, dura?
Foi tudo isso, sim. E foi maravilhosa, também. Essa infância é que reflete o homem feliz e otimista que hoje sou. É verdade que não tínhamos dinheiro, que vivíamos em dificuldade financeira, mas nunca nos faltou harmonia em casa. Mais do que dar o que comer, a mim, aos meus irmãos e aos meus primos, a minha mãe deu-nos uma formação. E isso é o mais importante de tudo.

Outra pessoa importante na sua infância, na sua formação musical, foi o Dr. Ismar Gatto, pai de um amigo seu. Ele tinha uma coleção de discos, não era? Coisa rara em Maceió. Quem era o Dr. Ismar?
O Dr. Ismar tinha uma discoteca, sim. E foi na discoteca dele que comecei a ouvir de tudo. A primeira vez que ouvi jazz, tinha eu 12 anos, foi na discoteca dele. Foi também aí que percebi que tinha algum tipo de vocação para a diversidade. Queria saber como se fazia toda aquela música. E continuo a querer saber até hoje: como se faz um bolero, como se faz uma valsa. Talvez sem ele próprio saber, o Dr. Ismar foi muito, muito importante na minha formação musical.

Antes de ser músico, foi futebolista. Tinha 11 anos quando começou a jogar. Era médio num clube de Maceió, o CSA. E, pelo que ouvi dizer, era bom. Queria ser futebolista?
Queria. E achava mesmo que viria a ser profissional. Todos achavam isso. É que eu jogava realmente bem. Mas tudo mudou quando descobri o violão. É claro que a música sempre esteve presente na minha vida, por causa da minha mãe, da discoteca do Dr. Ismar. Mas só resolvi ser músico quando descobri um instrumento para tocar. E fui abandonando o futebol.

O Djavan aprendeu a tocar o violão sozinho, sem um professor. Quando é que teve o seu primeiro violão?
Tinha 16 anos. A história é inusitada. Eu estaria numa aula de química. Quando todos saíram da sala, olhei em volta e descobri um violão num canto. Sentei-me no chão, coloquei-o no colo — até lhe faltava um corda –, abracei-o, e senti logo uma empatia com o violão. Era orgânico. E foi então que disse: meu Deus, vou aprender a tocar violão. E aprendi sozinho.

Pouco depois, aos 18 anos, tem a sua primeira banda: Luz, Som e Dimensão. Ou LSD. Vocês tocavam sobretudo em bailes. Que recordação tem dessa altura?
A banda surgiu a partir do momento em que percebi que tocava bem o violão. E surgiu para tocar músicas dos Beatles. Eu sempre fui louco por Beatles. Pelos Beatles e pelo Luiz Gonzaga. E por tudo o que está no meio, entre eles. Mas voltando à banda: os LSD tocavam no estado inteiro, em cidades de Pernambuco também, e foi aí que tudo começou oficialmente para mim.

Músico. A tocar Beatles para as garotas de Maceió. Vocalista. Aposto que era muito namoradeiro nesse tempo, não?
Não, não. Nesse tempo eu vivia envolvido pela música. Eu comecei a compor as primeiras canções logo aí. Os caras da banda não gostavam nada, diziam que a minha música era horrível, mas eu continuava a compor. Quanto às garotas, isso era algo implícito a ser músico e ter sucesso. [Risos] Mas nunca fui muito namoradeiro, não. Casei cedo. E sou casado até hoje. Ou seja, vivi casado a minha vida toda.

O começo na música: “o cara” resolveu dizer adeus a Maceió e alô ao Rio de Janeiro. Mas os primeiros tempos não foram maravilhosos

Saiu de Maceió aos 23 anos. E mudou-se para o Rio de Janeiro. Porquê? Para conseguir ter mais reconhecimento?
Exatamente. Eu queria dar vazão à minha criação. Estava a fervilhar de ideias. Queria profissionalizar-me. Na banda, com os LSD, não podia fazer isso, porque eles só queriam tocar Beatles e diziam que a minha música não tinha pés nem cabeça. O problema é que em Maceió eu era ‘o cara’, toda a gente me conhecia e sabia que eu era músico; no Rio de Janeiro eu não era ninguém.

A verdade é que viver no Rio não é o mesmo que viver em Maceió. A vida é mais cara. E teve que trabalhar, claro. Começou por fazê-lo em discotecas famosas: Number One, 706. Tempos difíceis, não?
No começo foi muito difícil a vida no Rio. Sofri muito. Era casado. Tinha uma filha, a Flávia. Era preciso dinheiro para pagar as despesas. E tive de começar a trabalhar como crooner nas tais discotecas. Ainda estive dois anos no Number One. Depois é que fui para o 706. Foi nessa altura, no 706, que tive a sorte de encontrar o homem que foi o meu tutor: o João Araújo. O João era pai do Cazuza, do músico Cazuza, e presidente da gravadora Som Livre. Eu tinha sido ouvido por dois produtores, os dois consideraram que a minha música era boa, levaram-me ao João Araújo e foi ele que permitiu que me estabelecesse no Rio e trouxesse a minha família de Maceió. Depois veio o Festival Abertura, organizado pela Globo em São Paulo. O João pediu-me uma canção para participar no festival. Participei com ‘Fato Consumado’ e fui segundo classificado. Foi por causa do João Araújo e do festival que gravei o meu primeiro disco. Antes disso só gravava trilhas para novelas e era crooner.

O primeiro disco de que fala é de 1976: “A voz, o violão, a música de Djavan”. Na altura, gravou-o com Aloysio Oliveira, que foi o produtor do Tom Jobim ou da Carmen Miranda. O que é que aquilo significou para si?
Acho que na altura não percebi o que estava a acontecer comigo. Mas o Aloysio foi muito importante para mim. Ele tinha mais de oitenta anos, era um homem experiente, com uma história imensa, compositor, letrista, enfim: um ícone da cultura no Brasil. Eu cheguei até ele com sessenta músicas. E não entendi quando dessas músicas todas ele só resolveu editar os sambas. Oito sambas. Acho que fiquei até meio chocado com ele. Mas o Aloysio tinha razão: aqueles oito sambas mostravam, apesar de tudo, a minha diversidade musical e a diversidade que seria a da minha música até hoje. Não dei muita importância àquele disco à época. Mas hoje dou. E estou agradecido ao Aloysio Oliveira.

Em 1982 vai para Los Angeles. E é nos Estados Unidos que grava os discos “Luz” e “Lilás”. Porque é que resolveu sair do Brasil?
Eu sempre fiz um tipo de música que despertava a curiosidade dos músicos de outros países. E tinha a intenção de sair do Brasil, de trabalhar com esses músicos. A primeira vez que eu saí do Brasil foi em 1979, quando fui a Cuba a convite do Chico Buarque, com outros músicos brasileiros da época. Mas a verdadeira entrada no mercado internacional só se dá em 1982, sim. Eu viajo para os Estados Unidos a convite do presidente da Sony no Brasil. Eu tinha sido artista da EMI. E fui a primeira contratação do tal presidente da Sony, um espanhol, que tinha assumido a gravadora e queria fazer uma reorganização de tudo. E ele queria que eu vivesse e gravasse nos Estados Unidos. Pensei muito. Era tentador. Mas respondi-lhe que só gravaria, não viveria lá. Eu queria continuar a cantar em português e queria continuar a ter a minha essência no Brasil. Ele lá aceitou. Frustrado, mas aceitou. E foi assim que gravei os discos.

O Djavan, sobretudo depois de gravar aqueles dois discos nos Estados Unidos, viajou muito. Tocou em todo o mundo. Tem memória se algum concerto, dos que deu fora do Brasil, que tenha sido realmente importante para si?
Houve concertos muito importantes. Mas eu citaria um, que foi importante pelo concerto em si e por tudo o que o envolveu. Foi a primeira vez que fui a África, a Angola, pouco depois de ter estado em Cuba com o Chico [Buarque]. Nós viajámos até Angola com a intenção de trocar informação cultural. Mas para mim a viagem foi mais do que isso. Eu descobri que a minha música advinha daquele lugar, onde eu nunca tinha estado. As minhas raízes estavam todas em Angola, em África. O ritmo com que tocavam os grupos de lá, aquela complexidade que muitas vezes me foi criticada no Brasil, em Angola — e concretamente na ilha do Mussulo — era semelhante à minha. Quando a ouvi pela primeira vez, chorei. Sentia-me em casa. Entre iguais. Senti que entendiam a minha música mais do que no Brasil.

A família, o Brasil e o futuro: “Espero continuar com a vitalidade para receber o futuro com alegria”

O Djavan tem cinco filhos. O Max, o João e a Flávia — que são os mais velhos — colaboraram no disco “Milagreiro”, de 2001. Eles sempre se interessaram pela música?
Sempre. E isso para mim foi claro desde cedo. Nesse disco ‘Milagreiro’ o João toca bateria, o Max guitarra e Flávia faz os arranjos. Mas eles trabalhavam com música antes mesmo de participarem no disco. Então, resolvi incluí-los na banda. Para mim foi um momento bonito. Mas eu nunca interferi na escolha profissional deles. Eu simplesmente observava a vocação dos três e procurei dar-lhes a melhor formação para seguirem essa vocação. E eles continuam na música até hoje.

Ou outros dois filhos do Djavan, o Inácio e a Sofia, são crianças. E eles: interessam-se pela música?
A Sofia não. Mas lá que vai ser artista, isso vai. Ela está a começar a aprender flauta. Mas sinto que tem mais aptidão para as artes plásticas, para trabalhar com as mãos. Ela diz que quer ser jornalista. [Risos] Vamos ver… Quanto ao Inácio, ele tem inclinação para cantar, para dançar — dança muito bem! –, mas vou esperar para ver também. Não se pode impor nada aos filhos. Olha só para a quantidade de gente frustrada que há por aí só porque não faz o que gosta? Engenheiros que queriam ser músicos, músicos que queriam ser futebolistas…

Quando os primeiros filhos eram “garotinhos”, o Djavan passava muito tempo longe de casa, em concertos ou a gravar. Sente que perdeu a infância deles? Que quando olhou para o lado eles tinham crescido e eram adultos?
Sinto. Sinto eu e sentem eles. E é uma pena. Não observei o crescimento deles da maneira que gostaria. Foi uma altura em que eu vivia correndo de um lado para o outro, lutando por uma carreira que foi tão difícil de conseguir. Mas agora estou a ir para a farra com o Inácio e a Sofia. [Risos] Sou eu quem os vai levar à escola de manhã, quem os vai buscar. Vou às reuniões de pais. Estou a fazer tudo que não fiz com o Max, o João e a Flávia. Tenho a agenda mais livre do que antes.

Por falar em “agenda mais livre”. Em 2004, quando gravou o disco “Vaidade”, resolveu criar a sua própria editora: a Luanda Records? Porquê? Para ser mais independente? Para gravar só o que quer, quando quer?
Eu resolvi abrir a Luanda Records numa altura em que as gravadoras estavam em crise. Mas acho que não foi por isso que abri, não. A minha música sempre foi muito pessoal. Sou eu que faço os arranjos, que produzo, que escrevo, que componho, que canto. Sou eu que faço tudo. E como já tinha uma produtora de espetáculos, como tinha um estúdio de última geração, resolvi criar também uma gravadora. Não foi por causa da independência. Aliás, desde o começo que eu só gravo um disco se a editora me der total independência.

Quando lançou o disco “Caixa Djavan”, um best of, muitos pensaram que se iria aposentar da música. Chegou a pensar nisso? Alguma vez se cansou desde ritmo de gravação, de concertos?
Nem pensar. Sou um homem feliz. Nenhuma dificuldade me faz desistir de nada. E também não sinto nostalgia do passado. O que sinto é curiosidade do futuro. Acordo todos os dias com esperança. Amo a vida. E quero descobrir mais e mais. A música é o meu ofício, é o que sei fazer, é o que me nutre, e é o que vou fazer sempre. Nem pensar em me aposentar.

Uma das canções mais autobiográficas do álbum que agora apresenta em Portugal é “Vida Nordestina”. É uma homenagem do Djavan àquele povo de Maceió. Andou pelo mundo, vive no Rio. Pergunto-lhe: ainda volta a Maceió, às suas origens?
Claro. Todos os anos vou passar a Maceió os meses de dezembro e janeiro. Gosto das pessoas do Nordeste, da comida, do mar — a cor do mar é diferente, é quente. É uma delicia. Não posso viver sem lá voltar. Perdi o sotaque, mas amo ouvir o sotaque de lá.

Nessa canção diz: “A fé do povo é o que há de seu”. É religioso?
Acredito em Deus, sim. Tenho uma capela em minha casa, no Rio de Janeiro. Mas penso que a religião é um conceito de vida. Eu tenho o meu. Sei que Deus está em tudo o que faço. Os nordestinos são profundamente religiosos. Porquê? Porque são o povo mais carente do Brasil. E essa carência traz-lhes fraternidade. Crença. Ou seja, paradoxalmente, são muito pobres e ao mesmo tempo muito ricos.

Neste concerto de Lisboa vai cantar sobretudo as canções deste álbum. Mas também os grandes êxitos. É o próprio público que lhos pede. E o Djavan: nunca se “cansa” deles, dos êxitos?
Vou ser sincero: não costumo ouvir os meus discos anteriores. Estou sempre voltado para o futuro. Ainda vou a meio da tournée e penso voltar rapidamente a estúdio, para compor, gravar. Mas canto os êxitos com o mesmo frescor na alma com que canto canções do disco novo. É igual. Porque diante de mim tenho um público que as quer ouvir e para o qual nunca as cantei.

O Djavan recebeu três Grammy. Em 2000 o de Melhor Canção Brasileira, com “Acelerou”; em 2001 o de Melhor Álbum de MPB, com “Ária”. Agora, no último ano, recebeu o Prémio à Excelência Músical. Aos dois primeiros, não os foi receber. Este foi. O que é que significou para si?
É isso: este último foi dos três o mais importante. É ele que ratifica a ideia de que a minha música está aí, está no mundo. É do mundo.

Gostava de falar também do Brasil de hoje. O Djavan sempre falou abertamente de política. Foi apoiante de Lula, não foi de Dilma. O que é que pensa de tudo o que se passou, politicamente, nos últimos meses?
O que penso é que o Brasil está num momento muito profícuo, muito promissor. E tenho esperança que a partir de toda esta movimentação política venha a melhorar mais ainda. Estamos a assistir a coisas impensáveis: políticos a serem presos, empresários poderosos a serem presos. Mas o que importa não é se eles vão presos ou não. O que importa é que o Brasil, que viveu 21 anos em ditadura, está a mostrar interesse pela democracia — e isso é raro na América do Sul onde vivo. As instituições estão a funcionar. O Congresso está a funcionar. O Tribunal Federal está a funcionar. Na minha opinião, o Brasil vai sair disto muito mais forte e justo. Sobretudo para o povo.

Em 1979 o Djavan foi preso e vítima de racismo. O racismo ainda é um problema no Brasil hoje?
A descriminação racial existiu e continua a existir. E continuará a existir. A maioria da população do Brasil é negra. O racismo não é algo que se altere de um dia para o outro. Só se resolve com educação. O Brasil tem que investir mais em edução, mas também em saúde e segurança. Mas a educação é o fundamental para se olhar para o futuro com progresso.

Tem 67 anos. Está na música há mais de 40 anos. E este é o vigésimo terceiro álbum que edita. O que é que ainda quer fazer? O que é que ainda lhe falta fazer?
Estou sempre aberto para o futuro. Para o que é novidade. E estou sempre em busca de algum tipo de frescor. Espero continuar com a vitalidade para receber o futuro com alegria.

E é isto. Terminámos. Obrigado.
Nossa senhora, que entrevista longa, hein? Mas foi ótima. Está sendo. Amanhã quero ir visitar um museu em Lisboa. O que há para ver?